sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Senado sénior - uma ideia criativa



Bispo do Porto quer
Senado Sénior
a ajudar governos
Porto, 15.Setembro.2012


De acordo com o Jornal de Notícias, o Bispo do Porto diz que o envelhecimento do País não é negativo e quer no futuro um senado de seniores, como órgão consultivo, junto dos governantes. Uma forma de rentabilizar o envelhecimento do País, que "precisa de repensar os seus modelos".






Finalmente uma ideia feliz e pertinente vinda de alguém com peso moral e autoridade.

Já aqui foi dito, a propósito de Formação Profissional, que os nossos governos têm sistematicamente menosprezado o saber e experiência dos quadros em fim de carreira, com todo o alfobre de conhecimentos adquiridos ao longo de uma vida de trabalho e responsabilidade.

Esta atitude depreciativa para com os mais idosos (mas de modo nenhum os menos conhecedores) é, no mínimo, de uma pobreza mental confrangedora pelo desperdício de capacidades e talentos que revela.

Recorde-se, em primeiro lugar, que as pessoas que hoje têm 65 ou mais anos, se licenciaram antes de 1974, numa época em que o ensino era levado muito a sério e com uma qualidade que não se encontra hoje em dia.

Poderá uma licenciatura mais recente ter mais conhecimentos tecnológicos à partida, mas, ao longo da vida, os séniores não estiveram alheios à evolução do ambiente que os foi rodeando e, por exigência das próprias funções, tiveram que acompanhar os tempos e actualizar-se permanentemente.

Com uma sensatez (fruto da experiência de vida) que os mais jovens não são capazes de acompanhar.

Pegando nesta ideia, e porque na Assembleia da República já existe a Sala do Senado (ver foto), sugere-se a rentabilização destas instalações de um modo que não implique um encargo adicional para o Povo Português.

Assim:
  • Seriam eleitos dois senadores por distrito (de modo a eliminar a preponderância dos grandes centros urbanos), com formação superior ao nível mínimo de bacharelato e com idade superior a 65 anos. Tudo isto para poderem merecer a confiança da população, tão traumatizada pela falta de respeitabilidade dos «jotas» e «ex-jotas» que lhes são impostos pelos partidos tradicionais.
  • A eleição desses 44 senadores seria compensado pela redução do número de deputados de 230 para 180 conforme previsto na Constituição da República.
  • Esses 44 senadores seriam complementados por um representante sénior de cada uma das Ordens Profissionais, completando o número de 50.
  • Obrigatoriamente esses senadores seriam eleitos pelos partidos que não tivessem obtido qualquer assento parlamentar a fim de garantir isenção relativamente aos políticos profissionais que nos últimos tempos nos têm (des)governado.
  • Como funções, para além de um contacto aprofundado com as populações que os elegeram, caber-lhes-ia a ponderação das leis aprovadas pela Assembleia votando-as por maioria simples.
  • Se uma Lei fosse reprovada no Senado, seria devolvida à Assembleia da República para nova votação tendo de ser aprovada por uma maioria de 2/3 para poder entrar em vigor. 
Claro que tudo isto teria de ser debatido e burilado para se evitarem erros e artifícios, como, por exemplo, a criação de «Equipas B» dos actuais partidos que desvirtuariam as intenções de honestidade pretendidas.

Ideias loucas? Quem sabe?

Deixo-vos a pensar nisso. Até amanhã








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