terça-feira, 18 de setembro de 2012

Os Pópós do Estado!

Em 2011

o Estado tinha

27.692 veículos

 

Segundo um relatório da Agência Nacional de Compras Públicas (ANCP), o parque automóvel do Estado no final de 2011 era composto por 27.692 veículos, menos 658 que no ano anterior, uma redução de 2,3 por cento.

Segundo a mesma fonte, os veículos do Estado tinham no final do ano passado, em média, 13 anos de idade e mais de 100 mil quilómetros de serviço.

A idade dos automóveis públicos tem vindo a subir nos últimos anos, à medida que a crise financeira implica contenções na renovação da frota.

Note-se no entanto que estes valores são referentes ao subsetor Estado, e não incluem todas as Administrações Públicas.

(in DESTAK)      

***

Isto é mais um exemplo do Estado no seu melhor, como o demonstra cabalmente o sorriso radioso do ocupante da «bomba» acima.   Claro, claríssimo que esta bela viatura topo de gama e de altíssima cilindrada não tem 13 anos de idade nem mais de 100 mil quilómetros.  

Mas estes privilégios são para os «príncipes» e demais «nobreza» do Estado e não para os «escravos» que prestam serviço ao comum dos cidadãos. Esses têm que se contentar com as velhas sucatas, quantas vezes canibalizadas, porque viaturas em condições são apenas destinadas aos «eleitos» que vivem à custa do Povo.

Seria muito mais educativo se o estudo acima referido revelasse quantas viaturas de valor superior a 50.000€ estão ao serviço do Estado, a quem estão adstritas e o respectivo valor comercial. Para sabermos com que género de pessoas estamos a lidar... 

Veja-se, por exemplo, a PSP que tem inúmeras viaturas «encostadas» e não pode fazer as patrulhas que deve nem acudir lestamente a emergências a pedido dos cidadãos. Veja-se a PJ que não tem carros em condições para fazer uma perseguição eficaz aos criminosos. Mas já os Corpos de Intervenção (que têm a responsabilidade da segurança pessoal dos políticos) estão magnificamente equipados conforme se viu na recente manifestação de 15 de Setembro.

Senhores Governantes, Autarcas, ex-Presidentes e demais honoráveis e mui distintas personagens da nossa Nação, quando será que vos convenceis de que o estado calamitoso a que conduzistes o País não se compadece com luxos faraónicos (vossos) nem com os serviços degradados que o Estado  presta aos cidadãos que vos sustentam?  

Permitam-me que, da minha humilde posição, vos sugira o leilão PÚBLICO (não reservado a «amiguinhos») das viaturas de alta cilindrada que aconchegam os vossos augustos corpos e que, com o dinheiro daí resultante, comprem viaturas em condições para quem trabalha.

Com o restante, adquiram viaturas utilitárias (até 1300 cc) para o vosso serviço oficial. Podem crer que não vos caem os parentes na lama e, em contrapartida, dando um exemplo visível de austeridade, sobem uns pontos significativos na consideração do Povo e nas sondagens eleitorais que tanto vos preocupam. E aos olhos dos nossos credores, que vos vêem fazer uma gestão assisada das verbas que nos emprestam.

Porque armarem-se em novos ricos quando toda a gente sabe que não temos onde cair mortos não fica bem na fotografia

Pensem nisso. Até amanhã!


P.S. Ainda se lembram daquele cidadão finlandês que, num restaurante de luxo do Funchal, perguntou ao nosso Primeiro-Ministro se lhe estava a saber bem o jantar pago com o dinheiro que os finlandeses nos tinham emprestado?

Se fosse num restaurante vulgar não teria havido havido qualquer piada... Ou, se tivesse havido, havia razão moral para responder.

Já diz o povo que «Quem não tem dinheiro não tem vícios». Mas não há meio de os nossos políticos aprenderem...


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