domingo, 16 de setembro de 2012

Sanguessugas...!

O Princípio de Peter

Numa hierarquia, todo o empregado
tende a ser promovido
até ao seu nível de incompetência.
(Lawrence Peter)
Uma história verídica!
José nasceu em 1935 e licenciou-se em Engenharia Mecânica com alta nota. Colocado numa grande empresa e devido às suas aptidões técnicas foi sendo sucessivamente promovido até chefiar o respectivo Gabinete de Estudos e ser nomeado Director Fabril Adjunto.

Em 1980 o Director-Fabril reformou-se e José foi indicado para o substituir. E aqui começaram os seus problemas porque José não era um bom condutor de homens. Detestava confrontações e esperava que o tempo resolvesse os problemas.
Mais ainda, quando enfrentava grupos contestatários cedia com medo do conflito ou fugia para não ter de dizer que não já que era um homem de compleição franzina e de baixa estatura.
Pelo contrário, as pessoas que não levantam problemas eram esquecidas deixando-se as suas necessidades adiadas para oportunidades que nunca chegavam. Em particular as suas equipas de Engenheiros, tanto do Gabinete de Estudos e dos Serviços Técnico Comerciais foram sendo fortemente penalizadas.
Os casos mais graves eram precisamente os mais competentes e motivados que não viam a hora de progredir nas suas carreiras dada a falta de coragem do seu Director para defender os seus pontos de vista junto da Administração sempre que se tratava de revisões salariais ou evolução profissional.

Como consequência, os quadros mais experientes e qualificados começaram a sair e a procurar funções mais gratificantes em outras empresas onde tiveram ascensões fulgurantes.
A empresa onde o José trabalhava, sangrada até à exaustão dos seus técnicos mais capazes, viu começarem a fugir-lhe os clientes e a carteira de encomendas vindo a encerrar em meados da década de 90.
Cansado e desiludido, José sucumbiu a um enfarte de miocárdio seis meses depois do encerramento da empresa que ele ajudou a destruir.
(Este é um caso real. Apenas os nomes foram alterados por compreensíveis motivos éticos)  
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O caso acima apresentado, infelizmente, é muito comum quando um indivíduo é promovido para além do seu nível de competência. E grassa como erva daninha em todo o aparelho do Estado e empresas públicas.
Porque a incompetência é generalizada e esses indivíduos se agarram com unhas e dentes às migalhas de poder de que dispõem pretendendo ter (aos próprios olhos) uma importância que realmente não têm.   Criam complicações burocráticas por tudo e por nada só para se sentirem poderosos.
Vivem num perpétuo complexo de inferioridade porque a sua limitada inteligência e capacidade não lhes permitem aceitar os desafios de ir mais além.   As suas evoluções na carreira fazem-se, não por mérito, mas por antiguidade e, sempre que possível, graças à sempre eterna «cunha»...  
E, como as chefias e as chefias das chefias estão na mesma situação e sofrem do mesmo mal, vão vivendo paulatinamente e sem o menor pingo de vergonha à custa da população que deveriam servir.  
SANGUESSUGAS!  

E, por nosso mal, aqueles que elegemos e que nos deveriam defender, são incapazes de pensar em algo mais do que nos seus interesses e umbigos e, emaranhados numa teia de leis bizarras e contraditórias (que criaram e também não tentam corrigir) acabam por se deixar embalar comodamente nos luxos da governação. E nada fazem...
(Nota: Senhores políticos, já leram «A Queda de um Anjo» de Camilo Castelo Branco? Está lá o vosso retrato sem tirar nem pôr. Isto em pleno Século XIX) 
Mas quando é que esses senhores pegam num esfregão e numa vassoura e fazem uma limpeza generalizada ao lixo humano que pulula e emperra as engrenagns do Estado?   Têm medo de perder votos nas eleições? Mas de onde lhes vêm mais votos? Desses inúteis estropícios ou da generalidade da população? Por favor façam as contas e deixem de só querer viver vidas douradas pagas com o suor e sangue de todos nós!  
E nós, Povo Português, tenhamos a coragem de pedir o Livro de Reclamações sempre que entendermos que os nossos direitos e os nossos interesses estão a ser espezinhados. Só assim conseguiremos meter na linha essa ralé e fazermos com que nos respeitem...!  
Pensem nisso! Até amanhã...
P.S. A imagem acima (que reputo deliciosa) foi retirada do Facebook.
É da autoria de Paulo Cabral e foi postada por Carlos Brandão.
O seu a seu dono. 

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