quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Fogos florestais: os incendiários






«Em tempo de guerra não se limpam armas»





Vamos hoje falar desses energúmenos, desses criminosos (e que agora já até assassinos são) que por frustração ou diversão (sim, DIVERSÃO) se entretêm a devastar o nosso país.

Disseram há dias as autoridades que já conseguiram capturar um número elevado de incendiários este ano. Mas que, infelizmente as provas dos seus crimes foram destruídas pelo fogo.

Desculpem a frontalidade, até mesmo a brutalidade do que vou dizer:

BASTA DE IMPUNIDADE LEGAL!

Nestes casos de crimes de sangue é preferível que alguns inocentes sejam punidos a que se deixe escapar um só criminoso.

Porque com as quatro mortes até agora ocorridas, (sem contar com os feridos) trata-se de verdadeiros ASSASSINATOS.

É difícil provar os crimes? Aplique-se na hora a «justiça de Fafe». Uma boa sova aplicada na hora pelos captores ensinaria esses bandalhos a respeitar a propriedade e a vida alheia e a não estarem no lugar errado à hora errada. E depois os juízes que lhes aplicassem as penas que entendessem ou que os libertassem de acordo com a estupidez de leis que temos.

PARA GRANDES MALES GRANDES REMÉDIOS

Mas não nos iludamos a pensar que a totalidade dos incendiários são indivíduos de baixa condição e baixa auto-estima. Sei de fonte segura que, em cidades e vilas do interior, são os filhos adolescentes de famílias abastadas que, à falta de locais de diversão, se entretêm a atear os fogos deslocando-se por veredas nas suas motorizadas. Tudo em nome da adrenalina. Afinal, para atear um incêndio de grandes proporções não é preciso muito. Basta um bom conhecimento do terreno, um motociclo de trial, uns quantos cocktails Molotov e um isqueiro BIC.

As populações sabem bem quem são, mas têm medo de represálias por parte das famílias. Localmente poderosas, como se imagina. O que podem fazer? Quando o fogo despontar de madrugada, façam rapidamente uma espera à porta das casas onde habitam potenciais suspeitos. E, quando eles aparecerem, apliquem-lhes um bom correctivo. Se estiverem inocentes, tanto pior para eles. Que não saiam à noite...

E nesses casos, para evitarem problemas maiores, era bom que os «papás» investigassem por onde andam os seus rebentos altas horas da noite, lhes aplicassem um correctivo exemplar no sítio onde as costas mudam de nome, lhes confiscassem os seus instrumentos de «diversão» e os entregassem à justiça.

Quanto às leis que os senhores (não) fizeram, senhores Deputados, Excelências cabotinas, queiram arregaçar as mangas e fazer o trabalho para que são (regiamente) pagos com o nosso dinheiro.

Regiamente, sim, porque a Assembleia da República custa-nos CENTO E QUARENTA MILHÕES DE EUROS POR ANO, ou seja, mais de 50.000 Euros por mês para cada um dos «senhores»!

E, já agora, não sigam o triste exemplo da senhora Presidente da Assembleia da República que, porque se senta no seu «trono». se julga superior ao povo que a elegeu.

(imagens: Internet)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Fogos florestais: o «Carrossel»



«Quem quer defender tudo não defende coisa nenhuma»

(Frederico da Prússia)



É com o coração apertado e com uma profunda indignação a percorrer-me as veias que continuo a assistir ao revoltante espectáculo diário dos fogos florestais que devastam o nosso país.

É com as lágrimas nos olhos que assisto ao abnegado sacrifício dos nossos bombeiros e ao desespero das populações esbulhadas dos seus parcos haveres.

E é com um profundo estupor que assisto à incompetência de quem devia tomar decisões enérgicas e eficazes para prevenir (sim, PREVENIR) e combater este flagelo e não toma mais do que medidas tíbias malbaratando os meios de que dispõe. Refira-se que, para a prevenção o Estado despende apenas a quarta parte do que gasta no combate aos fogos. E não cuida devidamente das suas próprias florestas como foi recentemente revelado pelas nossas televisões. E toda a gente sabe que:

MAIS VALE PREVENIR DO QUE REMEDIAR!

Através das emissões das várias TVs temos visto com que repugnante parcimónia são utilizados os meios aéreos, espalhando-os pelo território a conta gotas em vez de os concentrarem em ataques maciços num ou dois fogos de cada vez de modo a dominarem os incêndios e a permitir uma acção mais profícua dos corpos de bombeiros em vez de sobrecarregarem estes com o grosso do esforço necessário, quantas vezes baldado.

Já no ano passado aqui teci, em duas crónicas, algumas sugestões sobre melhoramento no combate aos fogos florestais:
  1. FOGO...!
  2. Fogos florestais: É hora da Cavalaria...!
que já há dias voltamos a enviar ao Sr. Ministro da Administração Interna acompanhadas de alguns comentários adicionais (certamente o Sr. Ministro anda muito ocupado pois nem sequer teve tempo de pedir a uma qualquer secretária que agradecesse o incómodo).

Também me desgostou (para não dizer indignou) a parcimónia da distribuição de verbas (e esforços) no sentido da PREVENÇÃO. Na primeira daquelas crónicas avancei algumas sugestões. É preciso criar leis? Pois criem-nas, é para isso que são governantes, eleitos para zelarem pelos interesses do País.

E faço aqui minhas as palavras de Barack Obama que, aquando do furacão Irene que devastou a costa leste dos Estados Unidos, declarou a um grupo de funcionários da Cruz Vermelha que... 

«Era preciso que as agências federais agissem primeiro, de forma decisiva, encontrando meios e sugestões, e só depois se preocupassem com questões regulamentares, de burocracia e até de legalidade».

Porque será que nós não conseguimos eleger políticos assim? Infelizmente, por nosso mal, os nossos governantes preocupam-se demasiado em serem EFICIENTES quando deveriam sobretudo procurar serem EFICAZES.

Qual a diferença?
  • Um líder é eficiente quando cumpre as regras e os regulamentos
  • Um líder é eficaz quando alcança resultados
E a ÚNICA função de um líder é ser EFICAZ!

Já agora, compare-se o número de Advogados no Governo com o número de Engenheiros. Porque ao contrário daqueles, que vivem obcecados pelas leis e regulamentos, estes preocupam-se, em primeiro lugar por obter resultados e resolver problemas. É para isso que lhes pagam e para que se formaram. Os regulamentos são apenas um enquadramento e uma ferramenta a usar conforme as conveniências.

Mas retomando o que acima foi dito, permito-me perguntar se já ouviram falar do «CARROSSEL»?

O método, para incêndios já fora de controlo ou a caminho disso, está esquematizado no diagrama abaixo.





Imagine-se um incêndio de grandes proporções, o maior que esteja em curso. Estabeleça-se um vai-vem circular de quatro aviões Canadair ou helicópteros pesados Kamov (ou Puma se for avante o projecto da sua reconversão) entre o fogo e a albufeira ou lagoa mais próxima (felizmente há bastantes no nosso país). E quando esse fogo estivesse dominado pela intensidade do ataque, o «carrossel» rumaria a outros pontos onde fosse necessário.

Mas não se ataquem os grandes fogos com heli-bombardeiros de pequena dimensão. Esses, usem-nos para debelar os fogos logo no seu início dando tempo aos bombeiros para lá chegarem a tempo e horas.


P.S. Quanto aos incendiários... voltaremos a eles numa próxima crónica. Mas ficam as perguntas:


  1. Porque razão as tríades desapareceram de Macau quando este território foi entregue à China? Quando o Portugal, legalista e democrático, nunca foi capaz de as controlar ou extinguir?
  2. E para quando acções concretas de protecção às vítimas em vez de regulamentos de protecção aos criminosos?