sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Enjeitar o ouro, acolher o lixo


Somos mesmo um triste país...!

Devemos ser provavelmente o único país do mundo que aliena os seus melhores cérebros e os seus melhores trabalhadores, recebendo em troca a escória que outros países não querem manter. ou sustentar.

Somos um país em que quem quer sair da mediania e ascender a novos patamares de competência e saber, encontra os maiores entraves quer por parte daqueles que deveriam ser os maiores interessados (as empresas) quer pelas burocracias criadas pelos próprios organismos do Estado. 

Vem isto a propósito de várias situações:




I - Enjeitar o ouro 

  1. O convite descarado do nosso primeiro ministro para os jovens licenciados procurarem emigrar. Como muitos, aliás, têm feito. Fazem um Erasmus e são, em grande parte, convidados a permanecer nesses países de acolhimento - normalmente países ricos - onde vão incrementar ainda mais a riqueza desses países em vez de contribuírem com os seus talentos para o progresso de Portugal.
  2. O recrutamento de jovens licenciados e bacharéis portugueses por empresas estrangeiras que lhes acenam com condições salariais e de trabalho muito superiores àquelas que lhes são oferecidas em Portugal. Sirva de exemplo a procura recente de enfermeiros licenciados para vários destinos.
  3. Uma notícia vinda recentementa a público, referindo que os nossos técnicos que vão trabalhar no estrangeiro, nomeadamente na Alemanha, têm um tempo de aprendizagem a lidar com maquinaria sofisticada (informática e robótica) de cerca de METADE dos seus colegas naturais de lá.
  4. O governo de Moçambique declarou recentemente que tem quotas restritas de emigração e que por isso só aceita candidatos escolhidos a dedo. Não é qualquer um que para lá vai. Nem para Angola.
Tudo isto nos deveria levar a meditar nas razões pelas quais somos e continuaremos a ser um país desprezível na cauda da Europa e que cada vez se afunda mais.

Somos um país em que a esmagadora maioria dos empresários só sabem ser negreiros e em que os Governos não sabem governar... nem, muito menos cuidar do Povo que os elegeu.

E com esse espírito estamos a desperdiçar e a entregar aos outros a nata dos nossos jovens e a riqueza de Portugal...



II - Acolher o lixo

  1. Somos um país envelhecido (o sexto mais envelhecido do mundo), com uma faixa populacional elevada no limiar da pobreza e, mesmo assim, damo-nos ao luxo de conceder asilo político quando não temos condições para o fazer.

    Antes de cuidarmos da miséria alheia, senhores governantes, tenham a decência de olhar pelos Portugueses. Querem ficar bem na fotografia perante os líderes estrangeiros? Armarem-se em generosos? Com que dinheiro? Com os impostos com que sangram o Zé Povinho que vos dá votos nas eleições para os poleiros que querem ocupar... vitaliciamente, se possível...
  2. Éramos um país pacífico e de brandos costumes. Criminalidade violenta era coisa que não existia ou era residual. E o que vemos agora? Todos os dias (ou quase) há notícias de assaltos de extrema violência imputados muitas vezes a imigrantes (legais ou ilegais). Muitos dos quais a receber Subsídios de Inserção Social. Pagos com que dinheiro, senhores ministros? Com o NOSSO! Porque é lhes dado com os nossos impostos. Que tem muito melhores fins para ser usados...

    A essa escumalha não lhes basta preguiçarem à nossa custa, ainda têm que nos vir roubar e assassinar. Para quando se deixam Vossas Excelências de brincar ao políticos imberbes e começam a governar a sério? Nos países a quem nos queremos igualar (nós, o POVO e não vós, «GOVERNANTES») já esses marginais teriam sido recambiados a jacto para as suas origens. E fizessem lá os dislates que quisessem, não era nada connosco.

    Cá queremos sim, e aceitamos de braços abertos, todos quantos queiram trabalhar honradamente. Para contribuir para a riqueza nacional. Tal como fazem os países estrangeiros (e muito bem) aos nossos emigrantes que para lá vão tentar ganhar a vida. Quem não presta não tem cá lugar.

    Subsídio de inserção? Sim, durante SEIS MESES no máximo. Se não arranjarem trabalho nesse prazo é porque ninguém os quer, porque não fazem cá falta as suas capacidades ou porque não se esforçaram o suficiente e, nesse caso, não temos que sustentar vagabundos. Rua com eles...

    Lembram-se dos «bidonvilles» para onde iam viver os nossos emigrantes? Acaso tinham eles subsídios de inserção? Quem são os estrangeiros mais no que nós no NOSSO próprio país? Ou será que os senhores pensam que o país é VOSSO só porque ganharam umas eleições? A abstenção esmagadora não vos diz nada sobre o NOSSO (des)contentamento a vosso respeito?

    Xenofobia? Nem pensar. Apenas cabeça fria e pés bem assentes na terra. Coisa que os senhores não têm.
Dizia Barry Hatton numa entrevista ao jornal NEGÓCIOS (24.Ago.2012) que, em Portugal, «Poder e Povo lembram azeite e água: não se misturam».

E é bem verdade. Acredito que estes comentários nunca serão lidos por quem está no poder. Na sua sobranceria, eles sabem sempre tudo e não se dignam escutar a «ralé»... E cometem erros de palmatória. Porque Bruxelas «fala mais alto»... até um dia! Em que a casa vem abaixo...

Pensem nisso. Até amanhã!







Sem comentários: