Por nosso mal, o Povo Português, fruto da ignorância em que criminosamente o levaram a mergulhar, ainda acredita nas promessas vãs que se fazem em campanhas eleitorais.
E muitos acreditam que os partidos políticos são como clubes de futebol a que uma pessoa se liga emocionalmente para toda a vida.
Só que os partidos não são clubes de futebol e a adesão de alma e coração a eles não é de modo algum inócua e tem consequências sérias para o País.
As eleições só são um jogo para os «boys», só eles é que ganham ou perdem com os golos (leia-se votos) que nós próprios marcamos.
Daí que, cada vez mais, as pessoas, o eleitorado, se afasta dos partidos, das eleições e, desinteressado, vai deslizando para a abstenção face a um acto que, passo a passo, se vai descredibilizando.
Porque o abismo entre as promessas eleitorais e aquilo que vem a seguir, só pode significar uma de duas coisas:
- Ou os políticos mentem descaradamente na sofreguidão e na ganância de poder que os move;
- Ou, pura e simplesmente, não fizeram os trabalhos de casa e estatelam-se ao comprido na primeira dificuldade com que se deparam.
Desgraçadamente não há um único partido político que tenha a hombridade, a coragem, a verticalidade de dizer A VERDADE aos eleitores.
Verdade sem subterfúgios, sem artifícios, sem palavras nem tecnicismos obscuros. Verdade, límpida e cristalina, de modo que todos a entendam, desde o camponês ao erudito, desde o operário ao engenheiro. Verdade pura e simples.
Uma verdade de tal modo linear que as pessoas saibam SEMPRE com o que vão poder contar ao longo do tempo, com os sacrifícios ou benesses que vão ter, que não sejam apanhadas à má-fé por volte-faces que lhes convulsionem a vida que vão construindo com o trabalho e esforço do dia-a-dia.
Uma verdade a que as pessoas adiram conscientemente, sabendo de antemão com que contar, sabendo o comprimento do túnel que vão ter que atravessar, mas sabendo que, do outro lado, está a luz do Sol à sua espera.
Desviar-se deste caminho de rectidão é ser-se, no mínimo, demagogo, espezinhando as necessidades e sentimentos daqueles que nos confiaram os seus destinos.
Francamente, senhor Doutor Passos Coelho, o senhor desiludiu-me!
Até amanhã!
P.S. Para aquecer a alma...
2 comentários:
Um reparo: O Passos Coelho, desde muito antes de ser eleito já era um neoliberal puro, nunca me desiludiu pq nunca votei nele
Caro Anónimo,
Não sei se terá reparado mas apenas utilizei a pessoa de Pedro Passos Coelho como exemplo de TODA a máfia política que pululava (e ainda pulula) nos corredores do poder embora com raras e honrosas excepções.
Todo o meu artigo é um libelo contra toda a desonestidade dessa classe de arrivistas que ao longo de quarenta anos têm sugado o sangue de povo português em nome de uma democracia de ricos em que são eles os criados dos principais beneficiados.
Abraço
Enviar um comentário