terça-feira, 16 de outubro de 2012

Privatizações: vender os anéis à força...


Alguém se lembra da Sorefame?

Ou da Mague? Ou da Sepsa? Ou da Moali? ou da Reguladora? Pois...

Já não existem... Como muitas outras, vendidas a grandes grupos internacionais... Acabaram fechando as portas e suprimindo milhares de postos de trabalho.

Porquê? Porque os grupos que as adquiriram, uma vez que constataram que elas não eram competitivas (greves, reivindicações, legislação laboral, etc.) optaram pelo seu encerramento em benefício de unidades colocadas noutros países mais sensatos do que nós.

Portugal ficou mais pobre? Pois ficou. A tecnologia, o know-how perderam-se, os engenheiros e os técnicos rumaram a outras paragens e ficámos na dependência de ter de adquirir no estrangeiro os produtos com que essas indústrias abasteciam o mercado nacional. E que exportavam!

Termos de comprar aos outros aquilo que nós próprios sabíamos fabricar!

Quem as adquiriu, suprimiu-nos como concorrentes e passou a impor as suas regras.

Mas nós ainda não aprendemos. Vamos continuar a vender o que é nosso na sofreguidão do dinheiro a curto prazo em vez de fazermos um esforço para conservar os poucos anéis que nos restam.

Porque ninguém, repito, NINGUÉM, desde as Administrações aos operários está disposto a sacrificar os seus interessezinhos imediatos, as suas vaidadezinhas pessoais em favor de um futuro melhor para si e para todos os Portugueses.

A começar pelo Governo, Deputados e demais aparelho do Estado, partidos, sindicatos... todos cegos pela luta por uma migalha de poder, por mais uma camada supérflua de manteiga numa fatia de pão.

Alguém acredita que a TAP, uma vez vendida, vai ter a autonomia que tem de poder voar para onde quer e lhe convém? Vai só voar para onde os novos patrões a mandarem deixando de fazer concorrência às rotas que interessam às companhias do grupo. E vai deixar para essa mesma concorrência as rotas mais lucrativas... à custa de todos nós... E à custa dos seus próprios trabalhadores...

E a ANA? Uma vez vendida vamos ter os nossos aeroportos transformados em aeroportos regionais, a fazer a figura do Aeroporto de Beja. E veremos o nosso tráfego internacional e intercontinental todo desviado para Madrid, que se converterá na plataforma aérea para toda a Península Ibérica.

Cegos, cegos que são todos, que não enxergam o abismo em que se estão a lançar e a arrastar-nos atrás. Pela sua ganância, pelo seu ego desmesurado.

Criminosos, criminosos de lesa-pátria, indignos de se dizerem Portugueses e de se gabarem da nossa história que quase nove séculos.

Sim, porque a 24 de Junho de 2028 já terão decorrido 900 anos desde que D. Afonso Henriques se ergueu pela independência de Portugal (Batalha de S. Mamede). Se é que alguém se recorda disso no meio da imbecilidade geral que reina neste país.

Façam um exame de consciência. E vejam se têm feito algo que se veja pelo nosso Portugal...

Até amanhã


P.S. Os vinhos de Lubazim vão ser apresentados na China: Em Beijing (Pequim) a 30 de Outubro e em Xangai a 1 de Novembro. Boa sorte e bons negócios, é o que se deseja.


Até onde já chegou este blogue:
• Portugal
• Alemanha
• Bélgica
• Brasil
• Cabo Verde
• Coreia do Sul
• Espanha
• Estados Unidos
• Finlândia
• França
• Holanda
• Irlanda
• Itália
• Luxemburgo (novo)
• Moçambique
• Noruega
• Polónia
• Reino Unido
• República Checa
• Rússia
• Suécia
• Suíça
• Timor-leste
 







Sem comentários: