terça-feira, 2 de outubro de 2012

Desactivados


Obsoletos?


Há dias passei junto ao parque de estacionamento de equipamento desactivado da Câmara Municipal do Porto. E o que vi deu-me muita matéria para pensar.

Porque muito do material que lá vi, se bem que um tanto obsoleto e desadequado para as necessidades de uma grande autarquia, pareceu-me recuperável e potencialmente utilizável por uma autarquia do interior que nem sequer terá verbas para adquirir equipamento do género.

E o que se passa com material de exterior, certamente se passará com material e equipamento de escritório ou material informático que poderia ter uma segunda vida a assegurar um funcionamento mais eficaz de unidades na província.

Por conhecimento através de pessoas das minhas relações, sei também que, nos grandes hospitais centrais e unidades de saúde, existe material desactivado por (relativa) obolescência que, recuperado, faria a felicidade das pequenas unidades de saúde locais tão deficitárias em equipamentos congéneres.

Um bom exemplo, que não me canso de referir, é o da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Dadas as suas necessidades específicas, renova e actualiza constantemente o seu parque de equipamento informático. Pois bem, o equipamento que para a FEUP é ultrapassado, é cedido a outras faculdades que, não tendo as mesmas exigências técnicas, lhes dão nova vida quer por utilização de professores e alunos, quer nos serviços de secretaria. Evita-se assim o dispêndio de verbas tão necessárias para outros fins. 

Numa época de penúria como aquela em que nos encontramos, não seria de realizar uma inspecção às existências de material desactivado por esse país fora, recondicioná-lo e recolocá-lo ao serviço das populações?

Ao fim e ao cabo, quando tanto se fala de «reciclagem», não será uma boa forma de «reciclar» o que para uns deixou de servir mas que, para outros, ainda pode ser muito útil?

Vão pensando nisso. Até amanhã!







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