quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vamos falar de Obras Públicas?

Vamos pensar com cabeça?

Perante a opinião pública, o Governo está fragilizado até mais não. A sua imagem anda pelas ruas da amargura, com manifestaqções, artigos de opinião, vaias e insultos a serem o pão nosso de cada dia.

É sabido, pelo menos junto das pessoas mais informadas, que a tarefa que lhe cabe é ciclópica mas que, desgraçadamente, não tem sabido lidar com ela. Por outras palavras, não tem sabido «vender» os sacrifícios nem motivar para eles.

Aqui, nestes comentários, já muita coisa foi dita, muitas sugestões têm sido apresentadas, por vezes com uma dureza que a mágoa da desilusão tem provocado. Mas, honestamente, nunca esses comentários acredito que tenham sido imerecidos.

Só que, lá diz o ditado, «vozes de burro não chegam aos céus» e, muito embora tenha tido o cuidado de enviar estas linhas aos nossos ministérios, acredito que nunca chegam onde deveriam ser lidas já que devem ser enviados para o DELETE por uma qualquer funcionária mais zelosa (ou menos consciente) que não quer importunar as chefias de quem depende o seu dia a dia... mas que não tem em conta o futuro dos seus próprios filhos.

Pois bem, nas circunstâncias actuais, o Governo precisa de fazer algo que corresponda às necessidades reais das populações, que não constituam dispêndio exagerado de recursos que não temos, mas que resultem num bem estar sensível para os contribuintes.

Residente no Porto de há longos anos, é sobre um caso desta área que me vou pronunciar deixando a outros a tarefa de sugerirem outras obras úteis noutras localizações mas que tenham uma baixa relação custo/benefício. Significando isto que têm um impacto positivo importante para o público com custos reduzidos para o erário público (não estamos em ocasião de pensar em «luvas»!).

Há tempos sugeri uma obra dessas num artigo que intitulei «Metro do Porto: Vamos criar a linha Z?» publicado a 23 de Setembro. Será que vai arrancar? Espero que sim.

Hoje venho falar de um outro calvário, cuja resolução não é dispendiosa, mas que trará significativos benefícios ao movimento pendular de veículos na zona do Grande Porto (e, consequentemente, no consumo de combustíveis e no número de pequenos acidentes). Refiro-me à requalificação parcial da EN12 - Circunvalação do Porto.

O maior cancro desta via é a chamada «Rotunda AEP» por onde se têm de cruzar todo o tráfego que circula na Circunvalação e o que se dirige às zonas comerciais. E, no entanto, existe uma solução muito simples e relativamente económica: existindo duas rotundas, superior e inferior, desviar da rotunda superior o trânsito que se dirige à zona comercial conforme se indica na figura1

Fig. 1

Esta solução tem porém uma falha: a saída da zona comercial em direcção ao Norte. Para ultrapassar este inconveniente haveria que recorrer a uma saída suplementar que unisse a via Sul-Norte à auto-estrada A28 aproveitando a saída do Continente via estação de serviço conforme figura 2:


Fig.2

Os outros pontos críticos são bem menos complicados. Consistem em aplicar a solução existente na Areosa (figura 3) - viaduto:

Fig.3

aos restantes pontos críticos: Monte dos Burgos (figura 4), Ameal (figura 5) e Hospital de São João (figuras 6 e 7):

Fig.4

Fig.5

Fig.6


Fig.7

Feitas estas sugestões («baratinhas» como convém) e que simplificam e agilizam a circulação automóvel, por aqui me fico com a certeza de que elas são boas e úteis.

Vão pensando nisto. Até amanhã


  P.S. Não esqueçam. Já provaram?




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