segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sangria ou hemorragia?


32,4 mil milhões de euros 'voaram' para fora do país


É uma fuga recorde de capital estrangeiro para fora de Portugal, de 32,4 mil milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano.

Entre Janeiro e Agosto deste ano 'fugiram' de Portugal 32,4 mil milhões de euros de capitais estrangeiros, que estavam investidos em acções, obrigações, fundos de investimento e outros activos. Porquê? Por causa da crise.
Os dados são do Banco de Portugal e indicam ainda que desde 2009 sairam já do país 68 mil milhões de euros de aplicações feitas por estrangeiros.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/324-mil-milhoes-de-euros-voaram-para-fora-do-pais=f762720#ixzz2AbPHCckh


Andam uns a fazer sacrifícios sem nome, a não fazer tratamentos ou adquirir medicamentos de que precisam, andam outros a apertar o cinto para além do último furo e, no entanto, os capitais fogem como loucos deste país sem rumo nem cabeça.
Afinal porque razão?

Os investidores estrangeiros, aqueles que têm capitais para investir em Portugal, deixam-nos porque as condições que lhes oferecemos não lhes dão garantias suficientes de que esses investimentos são seguros, que a força de trabalho é competente e dedicada e de que a Justiça seja célere e eficaz.

Há dias chamou-me a atenção este livro que narra a história paralela de Mouzinho de Albuquerque e Gungunhana, régulo dos Vátuas em Moçambique que Mouzinho aprisionou.  

E um dos aspectos que mais me impressionou no livro foi a atitude dos «omniscientes» burocratas que, sentados por detrás das suas secretárias no Terreiro do Paço, tomavam decisões à revelia do mais elementar bom-senso a pontos de que, através de invejas e calúnias conduziram ao suicídio um Homem a que Portugal tanto devia.  

Onde é que eu já ouvi isto? O cenário não nos é demasiado familiar? Infelizmente as mentalidades tendem a perpetuar-se e o nosso Povo, crente mas impreparado, continua a querer acreditar que tudo neste mundo são rosas e facilidades e que o bem estar nacional se consegue sem trabalhar e à força de expedientes e espertezas saloias.

Seria risível se não fosse trágico. Querem continuar por esse caminho? A escolha é vossa. A ignorância também.

Continuem como a avestruz a enfiar a cabeça na terra...


Fiquem bem. Até amanhã!


P.S. E, para terminar...

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