Beatriz Talegón |
...das cúpulas partidárias?
Alguém perguntou a Seguro por Beatriz?
Há dias, num hotel luxuoso de Cascais, uma jovem socialista de cabelo à la garçonne e voz insinuante partiu os pratos num encontro entre os seus. A espanhola Beatriz Talégon, de 29 anos, líder internacional dos jovens socialistas, baralhou o tradicional calendário - "revolucionário, aos 20 anos, social-democrata, aos 40" - e, a meio caminho, interpelou, com ganas radicais, os velhos socialistas: "A sério, queremos falar aos cidadãos a partir de um hotel de 5 estrelas de Cascais e chegando em carros de luxo?!"
Ler mais: http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3058375&seccao=Ferreira%20Fernandes&tag=Opini%C3%A3o%20-%20Em%20Foco
Finalmente! Até que enfim alguém com projecção internacional dentro dos partidos tem a coragem e a honestidade de partir a loiça toda e chamar os bois pelos nomes.
Claro que a socialistada toda, de Soares a Seguro, de Costa a Carrilho (e mais toda a comandita de arrivistas que se arrastam atrás) não gostou nem um pouquinho. Nem é de admirar. Porque lhes seria difícil, para não dizer impossível, explicar a moral e a ética de todo o luxo em que se espojam os apregoados defensores de uma sociedade mais justa e equitativa.
Há muitos, muitos anos atrás, pouco depois do 25 de Abril e na campanha eleitoral para as Constituintes, ouvi Maria Barroso arengar num comício que «o PS sabe desta e daquela dificuldade e das necessidades desta e daquela faixa da população». Infelizmente não me deram a palavra pois teria gostado muito de perguntar «se sabem, o que vão fazer com essa "sabedoria"». Porque, como bem se sabe, não fizeram nada a não ser engordar as suas contas bancárias. À custa de quem?
Mas esta lição não é apenas válida para os xuxas! Todos os demais partidos que se dizem defensores do Povo, desde o CDS ao Bloco de Esquerda, deviam pôr os olhos nisto e arrepiar caminho antes que seja tarde. Porque o «olha para o que eu digo mas não olhes para o que eu faço» não liga bem com a propaganda eleitoral quando se quer conquistar votos. E o resultado está à vista nas «reduzidíssimas» abstenções que temos tido.
E não se esqueçam que, segundo a aberração que é a Lei n.º 19/2003 de Financiamento dos Partidos Políticos, as vossas receitas como políticos dependem do número de votos conseguidos. E a fuga de votantes tem reflexos nas vossas contabilidades... Não é verdade?
Vamos lá ganhar o respeito dos Portugueses, meus senhores. Ou a vossa voracidade e falta de vergonha são um saco sem fundo?
Pensem nisso enquanto é tempo. Até amanhã...!
P.S. Recomendação de leitura para aprendizes de políticos de pacotilha:
Procurem na biblioteca pública mais próxima já que o livro há muito se encontra esgotado.
Claro que a socialistada toda, de Soares a Seguro, de Costa a Carrilho (e mais toda a comandita de arrivistas que se arrastam atrás) não gostou nem um pouquinho. Nem é de admirar. Porque lhes seria difícil, para não dizer impossível, explicar a moral e a ética de todo o luxo em que se espojam os apregoados defensores de uma sociedade mais justa e equitativa.
Há muitos, muitos anos atrás, pouco depois do 25 de Abril e na campanha eleitoral para as Constituintes, ouvi Maria Barroso arengar num comício que «o PS sabe desta e daquela dificuldade e das necessidades desta e daquela faixa da população». Infelizmente não me deram a palavra pois teria gostado muito de perguntar «se sabem, o que vão fazer com essa "sabedoria"». Porque, como bem se sabe, não fizeram nada a não ser engordar as suas contas bancárias. À custa de quem?
Mas esta lição não é apenas válida para os xuxas! Todos os demais partidos que se dizem defensores do Povo, desde o CDS ao Bloco de Esquerda, deviam pôr os olhos nisto e arrepiar caminho antes que seja tarde. Porque o «olha para o que eu digo mas não olhes para o que eu faço» não liga bem com a propaganda eleitoral quando se quer conquistar votos. E o resultado está à vista nas «reduzidíssimas» abstenções que temos tido.
E não se esqueçam que, segundo a aberração que é a Lei n.º 19/2003 de Financiamento dos Partidos Políticos, as vossas receitas como políticos dependem do número de votos conseguidos. E a fuga de votantes tem reflexos nas vossas contabilidades... Não é verdade?
Consultar: Financiamento dos Partidos Políticos e das Campanhas Eleitorais
Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho com as alterações introduzidas pelo Decreto‐Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro
(http://www.parlamento.pt/Legislacao/Documents/Legislacao_Anotada/FinanciamentoPartidosPoliticosCampanhasEleitorais_Simples.pdf)
Vamos lá ganhar o respeito dos Portugueses, meus senhores. Ou a vossa voracidade e falta de vergonha são um saco sem fundo?
Pensem nisso enquanto é tempo. Até amanhã...!
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P.S. Recomendação de leitura para aprendizes de políticos de pacotilha:
«Estrela Dupla» (Double Star) de Robert Heinlein
(Edição Livros do Brasil - Colecção Argonauta, nº 39)
"Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia"
Eça de Queiroz in «A Relíquia»
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