sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

«Esse fulano», coronel Lourenço?...



É o Presidente da República!


Coronel trata Cavaco Silva por “fulano”


O antigo capitão de Abril Vasco Lourenço referiu-se ao Presidente da República, Cavaco Silva, como "esse fulano", recusando alongar-se em comentários sobre a actuação do Chefe de Estado.

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"Há muito que não acredito nele." O capitão de Abril acusou mesmo o Presidente da República de estar "comprometido com todo o processo" e de ter falta "de coragem para agir", permitindo "que tudo continue no caminho do abismo".  
Ler mais: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/coronel-trata-cavaco-silva-por-fulano

Senhor Coronel, pode o senhor não gostar do Prof. Cavaco Silva. Muita gente não gosta, inclusivé o seu camarada de armas, General Garcia dos Santos que trouxemos aqui ontem. Eu próprio, que em tempos votei nele, não lhe reconheço, como pessoa, predicados nem competências para desempenhar o cargo de Presidente da República. E já aqui o disse. Mas, criticando o homem, respeitei o cargo.

E nunca teria a desconsideração de o designar por «fulano» como o senhor fez. Apesar do que se pode ler na net e em comentários da Comunicação social sobre o seu comportamento, desempenho e dispêndio de dinheiros públicos.

Mas isso não lhe dá o direito de se lhe referir em termos menos respeitosos enquanto Presidente da República. Até porque, no 25 de Abril o senhor, então «capitão Vasco Lourenço», surgiu como retardatário na praça pública. Estava nos açores, recorda-se? E só regressou ao Continente já depois da rendição de Marcelo Caetano e de constituída a Junta de Salvação Nacional liderada pelo Marechal António de Spínola.

Convem recordar-lhe, para o caso de se ter esquecido, que, seja em que circunstâncias fôr, ele é o comandante Supremo das Forças Armadas. Por isso, seu superior hierárquico. Se ele fosse militar teria SEIS ESTRELAS DOURADAS, bastante mais que os galões que o senhor mesmo ostenta.

Quero crer que em Castelo Branco, sua terra natal alentejana, talvez o chá não abundasse na década de 40 e o senhor tenha sido privado dele enquanto era criança. Para alguém que tem pretensões a ser «Alguém» é uma falta grave e não fica bem na fotografia.

Assim, tomo a liberdade de lhe dar o conselho de, antes de voltar a dar opiniões em público, se aconselhar com o seu travesseiro que diz o ditado ser bom conselheiro.

Permita-lhe que, nesta época, lhe deseje um ano de 2013 com boas leituras e profundas reflexões, com intervenções sensatas e construtivas a favor do nosso país.

Pense nisso. Até amahã!




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