segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Juízes... ou criminosos?

Desembargadores suspeitos de vender sentenças

O Departamento de Investigação e Acção Penal (DCIAP) tem metido numa gaveta um processo em que estavam a ser investigados vários juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa por alegada corrupção

(Ler mais em «O Crime» de 01.Nov.2012)

Como é possível? Que a Justiça em Portugal anda pelas ruas da amargura é um facto que ninguém nega. Mas, até agora, o que vinha a público eram os atrasos sistemáticos dos processos mais mediáticos em que firmas de advogados de alto coturno conseguiam sucessivos adiamentos até prescrição dos processos. Isto porque a Lei portuguesa o permitia. Concebida para dar a máxima protecção ao criminosos e a mínima ajuda e compensação às vítimas. Os legisladores que expliquem a razão porque o fizeram... só que não será fácil!

Mas agora, pelos vistos, chegámos a um nível mais elevado: a corrupção dos próprios juízes. E não são juízes comuns, são juízes de Tribunal da Relação, juízes de segunda instância. Qualquer dia chegamos ao Supremo e ao Constitucional.

O «preço» de uma decisão favorável (segundo o mesmo jornal)? A «módica» quantia de

CEM MIL EUROS!

Senhora Ministra da Justiça, mau grado ataques que lhe têm sido dirigidos, consta, cá por fora do mundo que a rodeia, que a senhora é uma pessoa honesta e de carácter, empenhada em fazer um bom trabalho. Que acredito não lhe tenha sido fácil até agora.

Será possível que um processo desta gravidade, que põe em causa, no país e no estrangeiro, a credibilidade do nosso sistema judicial, esteja metido numa gaveta do DCIAP? À espera de quê?

Num momento crítico como aquele em que vivemos, em que se deseja que o investimento estrangeiro se derrame em Portugal como um maná, é esta a garantia que damos a quem nos poderia ajudar? Uma justiça alegadamente corrupta?

Sem querer, de modo algum que se faça justiça na praça pública (e no sentido de o evitar) seria do maior interesse levar rapidamente esta investigação até às últimas consequências até para limpar o bom nome de quem não esteja envolvido em tão torpes esquemas.

Recorde-se que, uma vez que não são referidos nomes específicos (estão em segredo de justiça) todos, mas TODOS SEM EXCEPÇÃO, os juízes do Tribunal da Relação de Lisboa têm a sua reputação enodoada pela suspeita. Mesmo aqueles cuja conduta seja absolutamente impoluta.

Ouso esperar (oh, santa ingenuidade!) que estas linhas não caiam em saco roto e que algo se possa fazer um breve no sentido de corrigir esta «pequena» anomalia.

Pensem nisso. E leiam a notícia no jornal: vale a pena. Até amanhã!



P.S. Homenagem a Ruy de Carvalho. Afinal o grande actor não podia ter recebido a Ordem Militar de Santiago da Espada... porque já a tinha recebido anteriormente. Por duas vezes: a Comenda e o Grande Colar. Com sinceras desculpas fica corrigida a falha informativa. Com os nossos renovados parabéns.

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P.P.S. Para não mostrar apenas garrafas, aqui fica uma foto parcial da «fonte» dos néctares de Lubazim:


2 comentários:

Henrique de Almeida Cayolla disse...

Jorge: Não sei se te apercebeste que, normalmente, depois de ler os teus artigos, publico no meu Blog, NOVIDADES DE HENRIQUE ALMEIDA CAYOLLA, e daí partilho pelo Google +, pela minha página do facebook, pelo twitter,e publico no meu outro Blog PETIÇÃO METRO TROFA!
Tudo isto porque é merecido divulgar as tuas excelentes intervenções!

Jorge Bastos Malheiro disse...

Olá, Henrique. Tenho-me apercebido, sim, da tua incomparável colaboração e estou-te muito grato. Oxalá houvesse muitos como tu para difundir estes comentários que outro objectivo não têm para além da melhoria da situação deste nosso pobre Portugal.