segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Quem cuida das nossas crianças?

95% das creches e infantários têm concentrações de bactérias acima do recomendado

Um projecto de investigação sobre o ambiente e saúde em creches e infantários concluiu que a deficiente renovação do ar está associada a problemas respiratórios nas crianças

A investigação avaliou 125 salas de 19 creches e infantários em Lisboa e no Porto e encontrou uma qualidade do ar inadequada, com elevadas concentrações de bactérias e dióxido de carbono, que está associada a problemas respiratórios nas crianças.
No que se refere às bactérias – indicador de uma má renovação do ar e que não são necessariamente patogénicas (que causam doenças) – o máximo detectado foi superior a 26 mil UFC (unidades formadoras de colonias) por metro cúbico quando o valor dreferência em Portugal é de 500 ufc/m3.

Ler mais: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/95-das-creches-e-infantarios-tem-concentracoes-de-bacterias-acima-do-recomendado-1581244?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoRSS+%28Publico.pt%29

 
Num país em que a população está a envelhecer e a natalidade a diminuir, isto é uma situação, no mínimo, preocupante.

Em primeiro lugar para as próprias crianças e para os respectivos pais. Se contribuem - cada vez mais pesadamente - nos impostos que o Estado lhes cobra, é da mais elementar justiça que se assegure o bem-estar dos nossos descendentes.

Em segundo lugar, das gerações mais velhas porque, se não houver renovação populacional em número adequado (e não está a haver), a prazo o país deixa de existir, porque, pura e simplesmente, não terá habitantes.

E a Segurança Social não terá sustentabilidade

Não será amanhã, estas evoluções são lentas, mas, para assegurar a perenidade da população, a taxa de natalidade (segundo afirmam) deve ser de 2,1 filhos por mulher em média. E nós estamos muito abaixo desse valor.

Fonte: Banco Mundial

De 1960 para 2010, o número médio de filhos por mulher desceu de 3 para 1,3

Paralelamente, de 1960 a 2010 a taxa bruta de natalidade em Portugal desceu de 24 para 9 nados-vivos por 1000 habitantes.


Fonte: Pordata
 
Se considerarmos a evolução da taxa de fecundidade, verificamos que desde 1971 a 2011 ela desceu de 84,6 para 38,7:

Fonte: Pordata
Atendendo à situação actual de crise que vivemos, a tendência dos jovens é casar cada vez mais tarde e reduzir o número de descendentes por força das dificuldades económicas que enfrentam.

E depois desta exposição, vêm as perguntas sacramentais:

  • O que está a fazer o Governo para contrariar estas tendências?

  • O que está o Governo a fazer para zelar pela saúde do bem mais precioso que os portugueses têm: os seus filhos?

Não me interessam dados económicos nem saber a que ministérios de tutela cabe a responsabilidade de olhar por esta situação.

Estas perguntas, como responsável máximo, são feitas ao Primeiro-Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho:


O que andam os senhores a fazer?


Até amanhã!

Não há mal nenhum em mudar de opinião,
contanto que seja para melhor.
(Winston Churchil)


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