terça-feira, 27 de novembro de 2012

Aristocracias portuárias...

 

 

... de Lisboa e Setúbal!

Quem não se lembra das greve que paraliza os nossos portos?  E sabem o que está por detrás dela?

Uma greve «muito justa» que está a dar uma machadada terrível nas nossas exportações... das quais necessitamos como de pão para a boca.

Qual a razão dela? A «aristocracia portuária» de salários e regalias escandalosamente altos comparados com a aflição com que vivem as famílias portuguesas e que eles não querem perder.

O Governo decretou que cada trabalhador não poderia fazer mais de 250 horas extraordinárias por ano em vez das 2.000 a que estavam habituados os das categorias mais elevadas (e que, em proveito próprio, podiam impedir os menos antigos de fazer).

Duvidam? Vejam o vídeo que se segue e atentem no modo como a socialista Ana Gomes tenta puxar a brasa para a sua sardinha:     



No jornal Público de 26-11-2012 vem uma extensa reportagem sobre o assunto com um quadro comparativo dos vencimentos dos estivadores nos diferentes portos do país.

No entanto, esse quadro está muito incompleto já que contempla apenas os salários-base deixando de fora todas as «alcavalas» de que goza a classe.

Mas vamos ser ainda mais claros: de um processo julgado no Supremo Tribunal de Justiça, a que o «Quem me acode?» teve acesso, retirámos os seguintes dados relativos aos honorários de um funcionário portuário:
1) A retribuição mensal do Autor era composta pelos seguintes itens:
  • a. vencimento-base;
  • b. subsídio de turno;
  • c. subsídio de isenção de horário de trabalho – IHT;
  • d. diuturnidades;
  • e. subsídio de penosidade;
  • f. subsídio global;

2) Os valores correspondentes a cada um daqueles itens eram os seguintes, com referência a 31 de Dezembro de 2004: 
  • a. vencimento-base: € 1.636,25 (mil seiscentos e trinta e seis Euros e vinte e cinco cêntimos);
  • b. subsídio de turno: € 287,61 (duzentos e oitenta e sete Euros e sessenta e um cêntimos);
  • c. subsídio de isenção de horário de trabalho: € 561,19 (quinhentos e sessenta e um Euros e dezanove cêntimos);
  • d. diuturnidades: € 130,74 (cento e trinta Euros e setenta e quatro cêntimos);
  • e. subsídio de penosidade: € 235,71 (duzentos e trinta e cinco Euros e setenta e um cêntimos);
  • f. subsídio global: € 380,43 (trezentos e oitenta Euros e quarenta e três cêntimos);

 Valor global (sem horas extraordinárias): 2.996,22 Euros !!!

Vamos acrescentar algo mais. Na década de 80 trabalhámos num grupo de empresas que incluída uma empresa de navegação, uma de estiva e uma de importação e exportação. Na década de 80!

As condições de trabalho, nessa época, (vimo-las de perto) já nada tinham a ver com o trabalho que, na mente do público, é associado à estiva. Era feito com empilhadores no porão dos navios, guindastes, enfim, tudo mecanizado.

Trinta anos depois, não se acredita que as condições tenham piorado, muito pelo contrário.

Quantos licenciados ganham Três mil Euros mensais?

Para se ser estivador ou manobrador não é preciso nenhuma licenciatura, valha-nos Deus!

Haverá direito de tantas famílias passarem fome e dificuldades tremendas quando estes fidalgos fazem greves tendo vencimentos desta natureza? Que podem chegar a 5 e 6 mil euros mensais como citou o Engº Ângelo Correia?

Que falta de vergonha é esta do nosso Governo que permite estas barbaridades? Nos portos de Setúbal e Lisboa. Felizmente os portos de Sines e de Leixões funcionaram e funcionam normalmente tendo chegado a acordo com a Entidade Patronal e não prejudicando a nossa economia.

Como consequência, os comboios com cargas para exportação, nomeadamente contentores, celulose, cimento e automóveis da Auto-Europa, têm sido desviados de Lisboa e Setúbal para Leixões e Sines.

Como dizia há dias um indivíduo com que me cruzei na rua:

«Vão trabalhar, malandros!»

Até quando se vai permitir esta falta de vergonha?

Pensem nisso. Até amanhã!
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