95% das creches e infantários têm concentrações de bactérias acima do recomendado
Um projecto de investigação sobre o ambiente e saúde em creches e infantários concluiu que a deficiente renovação do ar está associada a problemas respiratórios nas crianças
A investigação avaliou 125 salas de 19 creches e infantários em Lisboa e no Porto e encontrou uma qualidade do ar inadequada, com elevadas concentrações de bactérias e dióxido de carbono, que está associada a problemas respiratórios nas crianças.
No que se refere às bactérias – indicador de uma má renovação do ar e que não são necessariamente patogénicas (que causam doenças) – o máximo detectado foi superior a 26 mil UFC (unidades formadoras de colonias) por metro cúbico quando o valor dreferência em Portugal é de 500 ufc/m3.
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Num país em que a população está a envelhecer e a natalidade a diminuir, isto é uma situação, no mínimo, preocupante.
Em primeiro lugar para as próprias crianças e para os respectivos pais. Se contribuem - cada vez mais pesadamente - nos impostos que o Estado lhes cobra, é da mais elementar justiça que se assegure o bem-estar dos nossos descendentes.
Em segundo lugar, das gerações mais velhas porque, se não houver renovação populacional em número adequado (e não está a haver), a prazo o país deixa de existir, porque, pura e simplesmente, não terá habitantes.
E a Segurança Social não terá sustentabilidade
Não será amanhã, estas evoluções são lentas, mas, para assegurar a perenidade da população, a taxa de natalidade (segundo afirmam) deve ser de 2,1 filhos por mulher em média. E nós estamos muito abaixo desse valor.
Fonte: Banco Mundial |
De 1960 para 2010, o número médio de filhos por mulher desceu de 3 para 1,3
Paralelamente, de 1960 a 2010 a taxa bruta de natalidade em Portugal desceu de 24 para 9 nados-vivos por 1000 habitantes.
Fonte: Pordata |
Se considerarmos a evolução da taxa de fecundidade, verificamos que desde 1971 a 2011 ela desceu de 84,6 para 38,7:
Fonte: Pordata |
E depois desta exposição, vêm as perguntas sacramentais:
- O que está a fazer o Governo para contrariar estas tendências?
- O que está o Governo a fazer para zelar pela saúde do bem mais precioso que os portugueses têm: os seus filhos?
Não me interessam dados económicos nem saber a que ministérios de tutela cabe a responsabilidade de olhar por esta situação.
Estas perguntas, como responsável máximo, são feitas ao Primeiro-Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho:
O que andam os senhores a fazer?
Até amanhã!
Não há mal nenhum em mudar de opinião,
contanto que seja para melhor.
(Winston Churchil)
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