Papagaios...

Com a devida vénia transcrevemos uma anedota contada pela leitora «Brilhantina» nos comentários de uma notícia do Expresso sobre o nosso Governo:

«Alguém numa loja queria comprar um papagaio e foi sabendo, junto do vendedor, o preço dos papagaios expostos e constatou que o preço do papagaio ia subindo consoante as suas habilidades, o que cada um sabia a mais fazer...

Até que perguntou pelo preço de um tal que também estava em exposição tendo o potêncial comprador ficado espantado com a exorbitância pedida!"

Quando perguntou as razões e quais as habilidades que o papagaio sabia fazer para ser tão caro, obteve a resposta do vendedor: 

-"Ele não sabe fazer nada mas como os outros (papagaios) o chamam de chefe...!!!" »

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/macedos-escapam-a-tempestade=f776344#ixzz2GczIOWg3

A que propósito vem isto? Não é necessária grande imaginação para rever aqui toda a actuação da classe política que nos tem (des)governado durante as últimas dezenas de anos. E os líderes partidários, valha-nos Deus, estão retratados a primor. A descrição assenta-lhes que nem uma luva!

Qualquer que seja a cor política que envergarem, qualquer que seja a posição ou cargo que desempenharem, a triste realidade é que todos se perdem em longas algaraviadas em que nada dizem de sensato ou de concreto e, quando têm oportunidade de fazer algo... regra geral nada fazem a não ser governarem-se em vez de nos governarem.

Quando respondem a entrevistas pronunciam grandes frases pomposas que espremidas nada significam enquanto fogem com a possível ligeireza às perguntas incómodas que lhes podem descobrir os pontos débeis de um discurso balofo e repetido até à exaustão.

Mudando de assunto, não, não assisti à Mensagem de Ano Novo do Prof. Cavaco Silva. Durante o ano que passou, o seu comportamento amorfo, a sua actuação esquiva, foram de modo a deixar-me muito descrente sobre o que dali poderia vir.

No entanto, pelo que, posteriormente, ouvi a alguns comentadores e li nos jornais, parece que não fiz grande mal em ocupar o meu tempo com outras actividades. Porque, segundo eles, àparte uma posição de dureza face ao governo e alguns recados bem necessários, tudo o mais ficou envolto num manto de nevoeiro sem algo de concreto.

Irá sair algo dali? Só o tempo o dirá mas, pessoalmente, tenho algumas dúvidas. O ano de 2012 não deixou grandes referências... nem grandes esperanças.

Por mim, ainda acho que que talvez tenha colocado a cruzinha no quadradinho errado nas eleições presidenciais. Provavelmente teria feito melhor votando nulo. Mas seria bem-vinda uma actuação mais enérgica e assertiva de quem tem grandes responsabilidades mas que não tem revelado desejos de as assumir.

Fiquem bem. Até amanhã!

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