quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Obscenidades...


O que se faria com o salário de Catarina Furtado?




Catarina Furtado - pelo que diz a imprensa, a apresentadora mais bem paga da RTP - aceitou uma redução salarial de 20% em Junho. Significa isso que vai passar de 30 mil para 24 mil euros mensais.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-que-eu-faria-com-os-336-mil-euros-de-catarina-furtado=f762136#ixzz2AgL7eERc

Para quem se não deu ao trabalho de fazer contas, isso significa passar de 420 para 336 mil Euros anuais!

Isto sem contar com outros proventos como os direitos de imagem em campanhas publicitárias que não estão aqui considerados.

Não está aqui em causa o mérito ou demérito da apresentadora que, pelo que sabemos, é uma das meninas bonitas (e queridas) do público português.

O problema reside sim, uma vez que a RTP é uma empresa pública, em saber se salários desta ordem de grandeza deverão ser pagos com o dinheiro dos contribuintes.

Não houve para aí uma legislação qualquer que estipulava que, nas empresas públicas, não podia haver vencimentos superiores ao do Primeiro Ministro? (107 587,65 € anuais incluindo abonos mensais).

O caso de Catarina Furtado significa um vencimento superior a TRÊS VEZES o salário do Primeiro-Ministro.

E casos destes, infelizmente são aos montes. Só que não vêm a público. Mas os vencimentos das administrações das empresas públicas (RTP, EDP, REN, REFER, CP, Metro de Lisboa e tantos outros) pautam-se por esta bitola.

Porque será que o Governo não põe cobro a estes desmandos? Será por uma questão de pensar vir a ocupar lugares deste quilate quando cessarem as suas funções ministeriais? Exemplos não faltam provindos de executivos anteriores.

Senhor Ministro das Finanças, quando V. Exª tanto aperta o pescoço dos Portugueses a ponto de estarmos em risco de sufocar, quando será que tem a bondade de fazer uma listagem destes salários obscenos e reduzi-los a valores que não sejam escandalosos?

E se a publicar, tanto melhor. Assim saberá o Povo Português o esforço que o senhor fará e o quanto todos nós iremos beneficiar nos nossos sacrifícios.

Para já, a experiência anterior não é famosa. Recordem-se os «flops» das fundações e dos institutos públicos em que a montanha pariu um rato.

Mas haja fé em que, mais cedo ou mais tarde, numa manhã de nevoeiro, apareça por aí um D. Sebastião que, de durindana em punho, faça uma razia nessa moirama que só sabe viver à grande à nossa custa.

E, por hoje, é tudo. Fiquem bem. Até amanhã!

(Foto: http://sexyzinhas.blogspot.pt)


P.S. Homenagem a Ruy de Carvalho: Afinal a condecoração concedida foi a Ordem do Infante D. Henrique. Peço desculpa da informação incorrecta. Pelos vistos a Ordem de Santiago da Espada é só para quem ganha o Prémio Nobel... Lamentável...!


P.P.S. Para um salário de loucos... um vinho a condizer...



terça-feira, 30 de outubro de 2012

Homenagem a Ruy de Carvalho

 

 

Uma honra mais que merecida!

Hoje, pelas 12.00 horas, o Presidente da República imporá as insígnias da grã-cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada ao actor Ruy de Carvalho.

Trata-se da mais alta condecoração portuguesa concedida por mérito literário, científico e artístico.

É uma homenagem mais do que merecida a alguém que, ao longo de uma carreira de 70 (setenta!) anos com 85 anos de idade sempre soube assumir uma postura de grande senhor da arte de representar, brindando-nos com autênticas obras primas que deliciaram os públicos mais exigentes.

Pessoalmente entendo que essa honra só peca por tardia já que não são muitos os casos de uma tão grande longevidade nas gentes do teatro e se corre o risco de não ser reconhecido atempadamente um grande talento porque a Morte nos roubou a sua presença. Mas, como soe dizer-se, «mais vale tarde do que nunca» e, felizmente, neste caso, o homenageado ainda vai a tempo de recebê-la.

Oxalá no futuro outros grandes nomes das Artes, das Ciências e das Letras sejam galardoados com essa distinção a tempo de, em vida, sentirem o carinho e a estima que Portugal lhes deve.

Com as minhas felicitações, faço votos a Ruy de Carvalho de uma vida longa e saudável para que, ainda por muitos anos, possamos continuar a deliciar-nos com a sua simpatia e o seu talento.

E sejam dadas honras a quem as merece. Portugal tem necessidade de ver reconhecidos os talentos, o génio e a dedicação de todos os seus filhos que o engrandecem.

E por hoje é tudo. Justiça é feita e fico feliz. Até amanhã.


P.S. À saúde de Ruy de Carvalho! Hip. hip, hurrah!


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sangria ou hemorragia?


32,4 mil milhões de euros 'voaram' para fora do país


É uma fuga recorde de capital estrangeiro para fora de Portugal, de 32,4 mil milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano.

Entre Janeiro e Agosto deste ano 'fugiram' de Portugal 32,4 mil milhões de euros de capitais estrangeiros, que estavam investidos em acções, obrigações, fundos de investimento e outros activos. Porquê? Por causa da crise.
Os dados são do Banco de Portugal e indicam ainda que desde 2009 sairam já do país 68 mil milhões de euros de aplicações feitas por estrangeiros.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/324-mil-milhoes-de-euros-voaram-para-fora-do-pais=f762720#ixzz2AbPHCckh


Andam uns a fazer sacrifícios sem nome, a não fazer tratamentos ou adquirir medicamentos de que precisam, andam outros a apertar o cinto para além do último furo e, no entanto, os capitais fogem como loucos deste país sem rumo nem cabeça.
Afinal porque razão?

Os investidores estrangeiros, aqueles que têm capitais para investir em Portugal, deixam-nos porque as condições que lhes oferecemos não lhes dão garantias suficientes de que esses investimentos são seguros, que a força de trabalho é competente e dedicada e de que a Justiça seja célere e eficaz.

Há dias chamou-me a atenção este livro que narra a história paralela de Mouzinho de Albuquerque e Gungunhana, régulo dos Vátuas em Moçambique que Mouzinho aprisionou.  

E um dos aspectos que mais me impressionou no livro foi a atitude dos «omniscientes» burocratas que, sentados por detrás das suas secretárias no Terreiro do Paço, tomavam decisões à revelia do mais elementar bom-senso a pontos de que, através de invejas e calúnias conduziram ao suicídio um Homem a que Portugal tanto devia.  

Onde é que eu já ouvi isto? O cenário não nos é demasiado familiar? Infelizmente as mentalidades tendem a perpetuar-se e o nosso Povo, crente mas impreparado, continua a querer acreditar que tudo neste mundo são rosas e facilidades e que o bem estar nacional se consegue sem trabalhar e à força de expedientes e espertezas saloias.

Seria risível se não fosse trágico. Querem continuar por esse caminho? A escolha é vossa. A ignorância também.

Continuem como a avestruz a enfiar a cabeça na terra...


Fiquem bem. Até amanhã!


P.S. E, para terminar...

domingo, 28 de outubro de 2012

A Lei de Murphy



... na base da Força Aérea Americana de Edwards, Califórnia procedia-se à execução do Projecto MX981.

Tratava-se de uma investigação sobre acidentes de aviação cujos trabalhos estavam a cargo da Northrop Aircraft sob controlo do Aero Medical Lab de Wright Field.

O nome da lei deve-se ao capitão Edward Murphy, Engenheiro da Wright Field Aircraft Lab que, frustrado pelo mau funcionamento de um aparelho devido a um erro de ligação eléctrica de dois manómetros, desabafou:

«Se alguma coisa pode correr mal, ela corre mal!»


Este desabafo, hoje universalmente conhecido como a Lei de Murphy, tornou-se uma das bases do controlo na tomada de decisões.


Quer isto dizer que, quando tivermos que tomar uma qualquer decisão devemos previamente estudar profundamente TODAS as hipóteses pelas quais a decisão pode não dar certo de forma a acautelarmo-nos de todas as eventualidades contrárias.

Devemos, nós próprios ou alguém que o faça sem constrangimentos, assumir o papel de advogado do diabo dessa decisão de modo a detectar atempadamente, e precavermo-nos, de todas as hipóteses de fracasso, não excluindo, se for caso disso, o abandono da decisão a tomar.

E a que propósito vem isto? Bem, considerando os avanços e recuos havidos várias vezes relativamente a medidas que o Executivo pretende tomar, torna-se cada vez mais aparente o desconhecimento deste lei por parte de quem nos governa.

E não apenas agora, também em governos anteriores. Estes com uma agravante:

Não faziam recuos quando constatavam que uma decisão estaria errada.

E os erros foram levados até à últimas consequências. Custasse o que custasse ao País.

E assim temos vivido, de tolice em tolice até à situação actual.

Meus senhores, que ocupais pelo nosso voto os mais altos cargos da Nação: Antes de anunciardes uma qualquer intenção menos feliz, não vos será possível sentar-vos a uma mesa e pensardes, profunda e exaustivamente, em razões que possam levar essa vossa intenção a correr mal?

Talvez com um pequeno esforço nesse sentido possamos evitar o turbilhão e a incerteza em que vivemos.

Desejais (e é vital) dinamizar a Economia. O primeiro passo nesse sentido já foi anunciado:
  • Baixar o IRC para 10% para as empresas produtoras de bens transaccionáveis
Mas há três outras sem as quais os investidores não se arriscam a investir aqui o seu dinheiro:
  • Agilizar os processos de licenciamento eliminando a teia de burocracias (e corrupções) que os fossilizam;
  • Simplificar o emaranhado de legislações que emperram os tribunais permitindo julgamentos rápidos e eficazes;
  • Rever, simplificando-a, a Legislação Laboral no que concerne à rescisão unilateral do contrato de trabalho sempre que esteja em risco a sobrevivência da empresa.
E por aqui me fico. Por vezes há decisões difíceis de tomar. Mas um homem se é HOMEM não recua perante elas.

Pensem nisso. Até amanhã


P.S. «Uma imagem vale mais que mil palavras» (Confúcio) 

sábado, 27 de outubro de 2012

Os cursos dos nossos ministros




Bizarrias!
e
originalidades

(do nosso Governo)



Demo-nos ao trabalho de analisar as habilitações académicas dos nossos governantes tendo em atenção as funções que desempenham.

(fonte: http://www.portugal.gov.pt/pt/o-governo.aspx)

Para isso fomos visitar o site do Governo e, das biografias dos nossos ministros, extraímos o seguinte:

  • Pedro Passos Coelho (Primeiro Ministro): Licenciado em Economia - Universidade Lusíada
  • Vítor Gaspar (Ministro da Economia): Doutorado em Economia - Universidade Nova de Lisboa
  • Paulo Portas (Ministro dos Negócios Estrangeiros): Licenciado em Direito pela Universidade Católica
  • José Pedro Aguiar-Branco (Ministro da Defesa Nacional) Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra
  • Miguel Macedo (Ministro da Administração Interna): Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra 
  • Paula Teixeira da Cruz (Ministra da Justiça): Licenciada em Direito e docente na Universidade de Lisboa
  • Miguel Relvas (Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares): «Licenciado» pela Universidade Lusófona
  • Álvaro Santos Pereira (Ministro da Economia e Emprego): Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra, doutorado em Economia pela Universidade Simon Fraser, em Vancouver
  • Assunção Cristas (Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território): Licenciada em Direito na Universidade de Lisboa, em 1997, e doutorada na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.
  • Paulo Macedo (Ministro da Saúde): Licenciado em Organização e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa.
  • Nuno Crato (Ministro da Educação e Ciência): professor catedrático de Matemática e Estatística no Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa 
  • Pedro Mota Soares (Ministro do Trabalho e Solidariedade): Licenciado em Direito, pós-graduado em Direito do Trabalho.
  • Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: NÃO TEM! 
Resumidamente, do nosso Governo, fazem parte:
  • 3 Economistas
  • 6 licenciados em Direito
  • 1 Licenciado em Gestão
  • 1 Matemático
  • 1 «Lusófono»
Curiosamente, num país que necessita como de pão para a boca, de desenvolver a sua indústria, a sua agricultura, a sua gestão florestal, as suas obras públicas, nem um Engenheiro! Seja de que especialidade for...!

(Não questiono a não existência de um Médico no Ministério da Saúde porque aí o problema-mor é de Organização e Gestão)

Mas, para além disto, há algumas perguntas que saltam ao espírito:
  • O que percebe um advogado de Defesa Nacional?
  • O que entende outro advogado de Protecção Civil, de Bombeiros, de Forças de Segurança?
  • O que entende ainda outra advogada de Agricultura, de Pescas, de Ambiente ou de Ordenamento do Território?
  • Para já não falar das competências de um «Lusófono»...
  • Já agora, porque não um médico nas Obras Públicas que não têm ministro e que andam tão doentinhas?
Sem colocar em causa as competências profissionais nem o espírito de liderança de quem quer que seja (que até pode estar complementada pelos Secretários de Estado) fico com sérias dúvidas se alguns cargos terão sido preenchidos com sensatez ou se as pessoas terão sido escolhidas por outro qualquer critério que me escapa.

Senhor Primeiro-Ministro, a palavra é sua... se quiser dignar-se a dar-nos explicações do que quer que seja...

Fiquem bem. Até amanhã!


P.S. À saúde da Agricultura, das Pescas, da Indústria que tão maltratadas andam...



(NO FACEBOOK)

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Linha 22

 


O exemplo

de Istambul

Vamos hoje falar de Eléctricos...


Quando a STCP decidiu abrir a linha 22 entre o Carmo e a Batalha, disse para com os meus botões: «Que grande ideia»!

Na realidade esta linha é a recriação de uma carreira de autocarros que existiu nos longínquos anos 60 onde se pagava um bilhete de $20 (exactamente, dois tostões!). Os «jovens» de mais de 60 anos, certamente ainda se recordam disso! Os bilhetes eram brancos impressos a vermelho...

Era um percurso extremamente útil pois, embora o Carmo e a Batalha se encontrem sensivelmente à mesma cota, a verdade é que o fosso criado pela Praça da Liberdade era (é) um calvário extenuante. Subir a Rua de Santo António (hoje 31 de Janeiro) ou a dupla Clérigos/Carmelitas no sentido oposto, é um desafio às pernas e ao coração de qualquer um. Sobretudo dos que já não têm 20 anos...

Mas confesso que hoje estou bastante desiludido, não com a linha 22 em si, mas com o modo como é explorada.

Há tempos estive em Istambul onde, tal como no Porto, existe uma linha clássica de eléctricos, a «nostalgy tram» entre a Praça Taxim e o Tünel (uma espécie de funicular subterrâneo que conduz até à ponte Galata sobre o «Corno de Ouro»).

A avenida que o eléctrico percorre - Istiklal Kaddesi - é uma via pedonal, terá 2,5 a 3 quilómetros de extensão, é quase plana e no entanto os elécricos andam sempre cheios. De turistas e locais. Ao contrário do que acontece com a nossa linha 22.

Porque razão? Muito simples: os eléctricos passam de 15 em 15 minutos. Se se perde um, não se tem que ficar meia hora à espera do seguinte como na linha 22.

Portanto, fruto da minha experiência turca, permito-me fazer uma sugestão à STCP: acabar com a linha T (de «Tolice») e reforçar a linha 22 de modo a que os veículos tenham uma frequência entre os 10 e os 15 minutos.

Coloque-se o eléctrico 222 na linha 1 entre o Infante e o Passeio Alegre a fazer o percurso turístico da marginal e desloque-se um dos outros Brill a fazer o reforço da 22. Ficamos todos a ganhar. E experimentar não custa nada...

Assim as pessoas utilizam-na, tanto os portuenses como os turistas, sem necessidade de um «amarelo» todo apinocado mas que passa a vida às moscas. E poupam-se as pernas entre o Carmo e a Batalha...

Vamos pensar nisso? Mesmo a sério? Até amanhã!


P.S. Palavras para quê?
Vamos brindar à «irmandade» entre o Porto e Istambul...
nos extremos opostos da Europa do Sul!
(Até rima...). À nossa!




(no FACEBOOK)



quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Que é feito das nossas reformas?

 

 

Em 2020 já não há dinheiro?

Que é feito dos nossos descontos?

Fiquei estupefacto (o termo é suave) quando tomei conhecimento de que a Segurança Social está quase em rotura financeira e que estão em risco as reformas dos Portugueses.

Como muitos da minha geração, descontei durante quase 40 anos, entregando ao Estado (obrigatoriamente) uma percentagem dos meus honorários, o mesmo fazendo as empresas onde trabalhei, com vista a ter uma vida sem sobressaltos quando a idade chegasse e tivesse de me aposentar.

Esse dinheiro, conjuntamente com os juros acumulados dos investimentos que o Estado criteriosamente deveria ter feito, assegurar-me-ia uma velhice tranquila e confortável q.b. Para ver e ajudar a criar os meus netos.

E agora é anunciado a quem quer ouvir, que esse dinheiro que os Portugueses ganharam com o seu suor, que foi entregue de boa fé a quem eles pensavam ser pessoa de bem, foi malbaratado e já não existe?

Oh, súcia de vigaristas e ladrões,

O que fizeram com nosso dinheiro?

Digam-nos onde o espatifaram, digam-nos na cara a quem o entregaram imerecidamente numa reles e vergonhosa caça ao voto.

Digam em que luxos, comezainas e despesas inúteis o gastaram, digam em que negociatas torpes o utilizaram, digam quanto foi parar subrepticiamente aos vossos bolsos.

Digam quantos corruptos se locupletaram com os nossos sacrifícios, digam quantos boys e afilhados, amigalhaços e familiares estão a desempenhar cargos inúteis em que nada fazem, digam-nos na cara:

QUANTOS VAMPIROS TEMOS ANDADO A SUSTENTAR?

Não tenho palavras para vos qualificar, a educação que recebi dos Senhores meus Pais não me permite descer ao vosso nível para vos dizer o que penso da vossa «honestidade».

Senhores Governantes que elegemos para orientar os destinos deste país, quando é que Vossas Excelências decidem fazer uma devassa aos biltres que vos precederam e os obrigam a repor aquilo que nos foi miseravelmente roubado?

Das duas uma: Ou a fazem ou a não fazem.
  • Se a fazem, os Portugueses agradecem o vosso esforço e saberão retribuir nas urnas demonstrando a sua confiança e o seu apreço.
  • Se não a fazem, só demonstram que não são melhores do que aqueles que nos governarem anteriormente.

A escolha é vossa. Pensem nisso, Até amanhã!


P.S. Um mimo de luxo para uma ocasião especial...



NO FACEBOOK

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vamos falar de Obras Públicas?

Vamos pensar com cabeça?

Perante a opinião pública, o Governo está fragilizado até mais não. A sua imagem anda pelas ruas da amargura, com manifestaqções, artigos de opinião, vaias e insultos a serem o pão nosso de cada dia.

É sabido, pelo menos junto das pessoas mais informadas, que a tarefa que lhe cabe é ciclópica mas que, desgraçadamente, não tem sabido lidar com ela. Por outras palavras, não tem sabido «vender» os sacrifícios nem motivar para eles.

Aqui, nestes comentários, já muita coisa foi dita, muitas sugestões têm sido apresentadas, por vezes com uma dureza que a mágoa da desilusão tem provocado. Mas, honestamente, nunca esses comentários acredito que tenham sido imerecidos.

Só que, lá diz o ditado, «vozes de burro não chegam aos céus» e, muito embora tenha tido o cuidado de enviar estas linhas aos nossos ministérios, acredito que nunca chegam onde deveriam ser lidas já que devem ser enviados para o DELETE por uma qualquer funcionária mais zelosa (ou menos consciente) que não quer importunar as chefias de quem depende o seu dia a dia... mas que não tem em conta o futuro dos seus próprios filhos.

Pois bem, nas circunstâncias actuais, o Governo precisa de fazer algo que corresponda às necessidades reais das populações, que não constituam dispêndio exagerado de recursos que não temos, mas que resultem num bem estar sensível para os contribuintes.

Residente no Porto de há longos anos, é sobre um caso desta área que me vou pronunciar deixando a outros a tarefa de sugerirem outras obras úteis noutras localizações mas que tenham uma baixa relação custo/benefício. Significando isto que têm um impacto positivo importante para o público com custos reduzidos para o erário público (não estamos em ocasião de pensar em «luvas»!).

Há tempos sugeri uma obra dessas num artigo que intitulei «Metro do Porto: Vamos criar a linha Z?» publicado a 23 de Setembro. Será que vai arrancar? Espero que sim.

Hoje venho falar de um outro calvário, cuja resolução não é dispendiosa, mas que trará significativos benefícios ao movimento pendular de veículos na zona do Grande Porto (e, consequentemente, no consumo de combustíveis e no número de pequenos acidentes). Refiro-me à requalificação parcial da EN12 - Circunvalação do Porto.

O maior cancro desta via é a chamada «Rotunda AEP» por onde se têm de cruzar todo o tráfego que circula na Circunvalação e o que se dirige às zonas comerciais. E, no entanto, existe uma solução muito simples e relativamente económica: existindo duas rotundas, superior e inferior, desviar da rotunda superior o trânsito que se dirige à zona comercial conforme se indica na figura1

Fig. 1

Esta solução tem porém uma falha: a saída da zona comercial em direcção ao Norte. Para ultrapassar este inconveniente haveria que recorrer a uma saída suplementar que unisse a via Sul-Norte à auto-estrada A28 aproveitando a saída do Continente via estação de serviço conforme figura 2:


Fig.2

Os outros pontos críticos são bem menos complicados. Consistem em aplicar a solução existente na Areosa (figura 3) - viaduto:

Fig.3

aos restantes pontos críticos: Monte dos Burgos (figura 4), Ameal (figura 5) e Hospital de São João (figuras 6 e 7):

Fig.4

Fig.5

Fig.6


Fig.7

Feitas estas sugestões («baratinhas» como convém) e que simplificam e agilizam a circulação automóvel, por aqui me fico com a certeza de que elas são boas e úteis.

Vão pensando nisto. Até amanhã


  P.S. Não esqueçam. Já provaram?




terça-feira, 23 de outubro de 2012

Orçamento do Estado 2013

Sindicatos e patrões recebem milhões do Estado


O jornal i fez as contas e revela, esta quinta-feira, que por ano as confederações patronais e as centrais sindicais com assento na Concertação Social recebem cerca de 500 mil euros do Orçamento do Estado, através do Conselho Económico e Social (CES). Mas a este valor ainda acrescem mais 551 mil euros de despesas com pessoal do próprio CES e cerca de 90 milhões destinados aos centros protocolares e participação na concertação social.  
(ler mais em http://www.noticiasaominuto.com/economia/15689/sindicatos-e-patr%c3%b5es-recebem-milh%c3%b5es-do-estado)

Caricatura: Pedro http://estavoz.blogspot.pt )


É fartar, vilanagem! Por mais vozes que haja a elevar-se contra as políticas de favorecimento do Governo, acabam sempre por ser privilegiados os «fidalgos» e sobrecarregados os «plebeus».

Não, infelizmente não há volta a dar para meter juízo na cabeça de quem o não tem. Que necessidade têm as Centrais Sindicais e as Confederações Patronais de ter apoio do Governo (leia-se do Zé Pagode) para se reunirem e discutirem os assuntos dos seus interesses?

Eles não têm instalações próprias para, internamente, prepararem os seus argumentos e pontos de vista? E não se arranja uma sala de reuniões em qualquer lado (ministério, centro de formação, IEFP ou quejandos - nem que seja num hotel) onde eles se possam reunir sem gastar todos aqueles milhares e milhões pagos com o nosso suor, com o nosso sangue e com o apertar do nosso cinto?

Por alguma razão, todos esses ilustres senhores, quando vão ocupar esses altos cargos, exibem uma elegância física (quando não magreza) que se vai dissipando com o tempo até ficarem substancialmente anafados. Certamente que não é com sardinhas e caldo verde.

Quando há dias li que mais de 90% do Orçamento de Estado vai para salários, pensões e subsídios fiquei horrorizado. Como é possível viver-se assim? E para tudo o resto, o que fica? Vamos continuar a endividarmo-nos até à asfixia total?

Pensem nisso. Até amanhã!




segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Novo 25 de Abril?

Militares convocam manifestação para 10 de Novembro


As associações socioprofissionais de militares marcaram na quarta-feira uma concentração para 10 de Novembro, na Praça do Município, em Lisboa, à qual se seguirá um desfile até aos Restauradores, refere a resolução aprovada no encontro nacional.

(Ler mais: http://www.noticiasaominuto.com/pais/15678/militares-convocam-manifesta%c3%a7%c3%a3o-para-10-de-novembro)  

Só faltavam os militares estarem contra a actuação do Governo. E depois vem aquele senhor que se diz Ministro da Defesa mas que utiliza viaturas do Estado para uso próprio ( Os «passeios» de Aguiar Branco ) dizer que não há razão para alarmes, que os militares são disciplinados... etc, etc.

Senhores Governantes, os senhores não ganham juízo? Querem ter todo o País contra os senhores? (salvo, claro está, aqueles que puxam os cordelinhos em que estão pendurados).

Será que ouviram ou leram as declarações de Otelo Saraiva de Carvalho? Acham que ele estava a brincar?

Pelo andar da carruagem, parece que paira no ar um perfume de cravos... mas duvido que sejam vermelhos. Ou se o forem, não será a sua cor natural.

Não sei se já deram por ela, mas, hoje em dia, a população já não está amordaçada como antes do 25 de Abril. E uma faísca pode gerar um incêndio... ou uma explosão.

Permitam-me um conselho. Antes de, mais leiam o último livro de José Rodrigues dos Santos. Meditem sobre ele. E falem VERDADE ao País. Sem rodeios, sem medo de perderem eleições. Façam aquilo que na realidade é preciso para sairmos do abismo. Honestamente, sem favoritismos.

As pessoas são capazer dos maiores sacrifícios desde que sintam que vale a pena e que estamos todos no mesmo barco. Que não há filhos e enteados. Cortem onde é preciso cortar. Mas a todos segundo as possibilidades de cada um. E atendendo às necessidades básicas de toda a gente.

Isto parece um slogan político do PC durante os anos 70. Mas não é. É um grito de cerrar fileiras, é um chamado às armas pacífico para a salvação nacional.

Sejam Homens e não simples marionetes comandadas pelo rosto anónimo do grande capital internacional.

Pensem muito bem nas vossas acções. Até amanhã!






domingo, 21 de outubro de 2012

Portagens: Mordomias de Lisboa

Em Lisboa

não é assim!

(são pobrezinhos)

Portagens nas antigas SCUT do Norte
renderam 140 milhões de euros em dois anos
iOnline

Pois é, nas ex-SCUTS do Norte (e agora também no Centro e no Algarve) estamos todos a pagar a utilização das vias rápidas com perfil de auto-estradas. É justo, não está certo que quem não utilize estas vias, quem não tem automóvel ou quem não viaja, seja obrigado a pagá-las através dos seus impostos. É o chamado «Princípio do Utilizador Pagador».   Até aqui, tudo bem.

Ainda não estão feitas as contas para a A25 (Aveiro-Vilar Formoso) nem para a A22 (Via do Infante) mas é de presumir que os valores venham reforçar significativamente os 140 milhões acima referidos. Sobretudo na A25 dado o intenso tráfego internacional que passa por essa via.  

Mas, como já aqui se salientou, neste país à beira mar plantado, continua a haver dois pesos e duas medidas: os «fidalgos» Lisboetas e «o resto».

Já a 2 do passado mês de Setembro no artigo


fizemos uma crítica sobre o privilégio dos «alfacinhas» e seus vizinhos poderem circular gratuitamente nas auto-estradas da região da capital:
À luz desse princípio, defende-se portanto a conversão em auto-estradas portajadas dos seguintes itinerários todos com características de auto-estrada:

Eixo norte-sul (todo)
A1 (entre Lisboa e Alverca)
A2 (entre Lisboa e Coina)
A5 (entre Lisboa e Porto Salvo/Oeiras)
A8 (entre Lisboa e Loures)
A23 (toda)
IC2 (todo, entre Lisboa e Póvoa de Santa Iria)
IC2 (todo, entre Almada e a Costa de Caparica)
IC19 (todo, entre Lisboa e Sintra)
IC21 (todo, entre Coina e o Barreiro)
IC32 (todo, entre a A2 (Coina) e Alcochete)

Todos eles são da região da Grande Lisboa, num total de mais de 1000 km, QUE NÃO PAGAM QUALQUER PORTAGEM NEM ESTÁ PREVISTO QUE VENHAM A PAGAR. O seu movimento é muito mais significativo do que os do Grande Porto e, portanto, susceptível de gerar muito maior rentabilidade financeira (não se inclui na lista o IC17-CRIL porque no Porto também existe o seu equivalente, o IC23-VCI, também não portajado).


No entanto os nossos governantes continuam a fazer orelhas moucas aos protestos do País, privilegiando a sua vizinhança em detrimento do resto do continente. Para eles existem portanto PORTUGUESES (os lisboetas e arredores) e portugueses (os outros). Filhos e enteados.   Flagrante injustiça já que:

  1. a região de Lisboa e Vale do Tejo é apenas a mais rica do País enquanto
  2. o Norte é a região que mais exporta e
  3. o Algarve é uma grande fonte de receita turística para engordar os cofres do Estado.
Senhor Primeiro-Ministro, o senhor é cego e surdo? Ou TEM MEDO do que lhe possam fazer os seus vizinhos se os obrigar a pagar portagens?

Não está o Estado com falta de dinheiro? Porque hesita tanto em portajar aquelas vias em desigualdade com o resto do país? Benesses para uns e sacrifícios para outros? 


Mas que espécie de governante é o senhor?


Depois admire-se das pateadas, protestos e insultos com que o recebem sempre que o senhor ou os membros do seu governo se deslocam para fora da Capital. O senhor e os seus é que estão a fomentá-las.

«Quem semeia ventos, colhe tempestades»
 
O senhor não tem apenas de prestar contas a Bruxelas.

Tem, sobretudo, de prestar contas a Portugal! 

Por favor, meta a mão na consciência (se é que a tem) e pense no que anda a fazer.

Até amanhã!


P.S. O nosso prazer de todos os dias:





sábado, 20 de outubro de 2012

Quem manobra Passos Coelho?

Passos avisou Portas que oposição ao Orçamento seria o fim do Governo

... O i revela também que outros ministros, do PSD e independentes, se sentiram verdadeiramente humilhados quando na segunda-feira chegaram ao Conselho de Ministros e ouviram Passos Coelho afirmar que o Orçamento estava fechado e que não havia espaço para quaisquer alterações.
Ler mais em: http://www.noticiasaominuto.com/politica/15477/passos-avisou-portas-que-oposi%c3%a7%c3%a3o-ao-or%c3%a7amento-seria-o-fim-governo

Afinal às ordens de quem anda o nosso Primeiro-Ministro? Quando tem o CDS contra si, quando tem críticas de ministros do próprio partido, quando os ministros independentes se consideram humilhados... que motivos terá ele para insistir na sua política suicida contra tudo e contra todos?

Note-se que até os comentadores políticos da sua cor partidária ou próximos (Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Marques Mendes, Henrique Medina Carreira...) têm tecido críticas arrasadoras ao seu modo de actuar.

Também lhe não serviu de lição a manifestação de 15 de Setembro, espontânea, sem intervenção de partidos ou sindicatos que reuniu uma imensa multidão contestatária por todo o país.

Recorde-se que o Próprio FMI pela voz da sua Directora-Gerente, Christine Lagarde, aconselhou moderação ao Governo Português nas acções para controlar o défice. Debalde. Incompreensível a teimosia, a irredutibilidade de PPC.

O próprio Ministro das Finanças, Dr. Vítor Gaspar, antes de apresentat o Orçamento de Estado para 2013 quis colocar o seu lugar à disposição do Primeiro-Ministro, que lhe recusou o pedido de demissão.

(http://www.noticiasaominuto.com/politica/15471/gaspar-quis-demitir-se-mas-passos-disse-n%c3%a3o)

PORQUÊ?


Será que PPC não entende (ou não quer entender) que esta sua atitude dá lugar a suspeitas de toda a ordem sobre o que andará ele a fazer do nosso País?

Ou é-lhe indiferente o que as pessoas possam pensar sobre a sua rectidão e honestidade?

  • Quando se recusa obstinadamente a taxar significamente os altos rendimentos (e quero dizer rendimentos MESMO ALTOS);
  • quando não há maneira de olear os mecanismos da Justiça para punir os prevaricadores;
  • quando se furta a distribuir equitativamente os esforços de recuperação por TODOS os Portugueses proporcionalmente às suas posses;
  • quando afoga em burocracias inúteis quem pretende arrancar com projectos de investimento;
  • quando tolera que a greve de UM só sindicato paralise toda uma empresa (CP, TAP, Metro) que tem de pagar aos outros trabalhadores que, pretensamente, «não fizeram greve» mas que vão fazer o mesmo uns dias depois;
  • quando faz descriminação entre as populações da capital relativamente ao resto do País (portagens, investimentos, «spill-over», etc...);
  • quando, em vez de se livrar de toda a «aristocracia operária» que emperra as engrenagens do Estado e das empresas participadas, manda para o desemprego milhares de contratados a prazo que trabalham;
  • quando à montanha das Fundações apenas conseguiu fazê-la parir um rato;
  • quando se vêem utentes do Serviço Nacional de Saúde que recusam tratamentos e não compram os medicamentos receitados porque não têm dinheiro para pagar as taxas moderadoras;
  • quando não tem coragem para taxar significativamente as mais-valias bolsistas;
  • quando se abstém de criar escalões de IRS mais elevados para quem aufere vencimentos de centenas de milhar de Euros mensais;
  • quando deixa as classes altas, com os seus rendimentos e luxos, sujeitas a taxas quase simbólicas em face do esmagamento da classe média;
o que é que o senhor anda a fazer pelo seu País? A servi-lo como devia ser o seu dever?

Qual o seu interesse nisto tudo? Será que, por aquilo que anda a fazer e sabendo que não se vai aguentar no Poder durante muito tempo, está a preparar o terreno para se ir reunir em Paris a José Sócrates?

E será que os partidos políticos não conseguem escolher um Homem decente para propor como Primeiro-Ministro? Ou estão à espera que surja um novo Marquês de Pombal para endireitar a Nação?

Uma pergunta final: Agora que o Orçamento de Estado foi aprovado na generalidade, será que na especialidade se vai aliviar alguma coisa?

Por aqui me fico. Até amanhã

(caricatura: cortesia de Moisés Carvalho - moisescarv@gmail.com / http://caricatola.blogspot.com a quem agradeço reconhecidamente a permissão de a utilizar)




Uma pedrada no charco!

P.S. Comprei este livro ontem 18/9 ao fim da tarde (data em que foi lançada a 1ª edição).

Já o acabei, de um fôlego! A primeira leitura. Porque agora há que estudá-lo! E interiorizá-lo!

É espantosa a lucidez, a clareza, a coragem com que JRS faz a análise de todas as variáveis que nos conduziram ao abismo em que neste momento está o País.

Numa estilo agradável e absorvente, não escamoteia as responsabilidades dos governos, dos sindicatos, dos políticos, das mentalidades de muitas camadas do povo português, do IEFP, dos empresários, enfim de TODOS quantos, em maior ou menor grau, contribuíram para nos fazer cair no abismo... por culpa própria.

E nem faltam as comparações com o sucedido na Grécia e na Alemanha, países em que deveríamos pôr os olhos como o mau e o bom exemplo de como se lida com uma crise. Ou se a evita.

Nem sequer a análise à conjuntura externa, aos mecanismos que originaram a crise europeia e mundial, às decisões aberrantes da banca norte-americana e internacional... um trabalho soberbo de pesquisa envolto numa história apaixonante.

Se o Governo tiver a hombridade, a honestidade, a honradez de assumir os próprios erros, esta obra é o guia perfeito para que se faça um «diagrama de Ishikawa» para identificar as causas e minimizar os efeitos com vista à saída da (nossa) crise o mais depressa possível.


Um trabalho EXCELENTE que merece ser lido com a maior atenção e que se medite sobre ele. E que cada um assuma, corajosamente, a parte que lhe toca da situação em que nos encontramos.

Devo dizer que, nos anos setenta, tivemos em Portugal uma situação semelhante à descrita no final do livro, embora não tão gravosa. Refiro-me à construção do Complexo de Sines em que a empresa onde eu trabalhava esteve envolvida. As diversas unidades foram construídas com recurso a financiamentos estrangeiros... mas em que era contratual que a grande fatia dos fornecedores fosse do país de origem desses mesmos financiamentos... Afinal não há nada de novo debaixo do Sol!

De qualquer modo, bem haja, Professor, pelo seu esforço. A bem de Portugal, faço votos que esta sua nova obra atinja, pelo menos, uma tiragem de dois milhões de exemplares. Para que as pessoas acordem do marasmo, do «deixa andar» em que se deixaram afundar. E sejam MUITO mais críticas na escolha dos políticos que elegem para reger os seus destinos. E que esses mesmos políticos, cujos comportamentos são denunciados pelo seu livro, arrepiem caminho e cumpram o seu dever: zelar por Portugal e não apenas vencer eleições.

Em meu nome pessoal e de todos os meus, MUITO OBRIGADO!