Mais de 50 mil penhoras extinguem-se até Março
A partir de 26 de Fevereiro a execução de dívidas anteriores a 15 de Setembro de 2003 deixa de ser possível, desde que até lá não tenham sido encontrados bens penhoráveis dos devedores.
A 31 de dezembro de 2011 existiam mais de 1,2 milhões de acções executivas pendentes nos tribunais.
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Pois é, prevaricar, neste país, compensa. É o reflexo das «protectoras» leis que os nossos digníssimos (e dispendiosíssimos) deputados congeminaram sabe-se lá para proteger que interesses.
Só é preciso ter paciência para aguardar uns anitos, colocar os bens onde eles não possam ser tocados e ir serpenteando através dos buracos legais com a ajuda preciosa (e cara) de advogados de alto coturno para nos safarmos de problemas...
E, no fim, abrem-se umas garrafas de champanhe Dom Perignon, caviar Beluga e tantas outras preciosidades gastronómicas para celebrar mais uma vitória da vigarice sobre os tolos que se deixaram esfolar...
E, se for preciso, largam-se umas notas de 500 € nas mãos adequadas para que os processos se arrastem até à prescrição...
Tudo bons rapazes... uns para com os outros!
Claro que estas artimanhas não estão ao alcance do comum dos mortais que tem a prestação da casa ou do carrito para pagar, que tem os filhos a estudar ou que ainda vai confiando as suas parcas poupanças à banca.
Para ter acesso a estas facilidades legais, há que se estar entrosado nos meios adequados e dispor de verbas faraónicas e bens obscenos a proteger.
Resta saber que lucros ou recompensas tiveram aqueles que conceberam e aprovaram as leis que permitem todas estas falcatruas ficando-se impune.
Mas isso... está no segredo dos «deuses» e fechado a sete chaves...
Não pensem nestas coisas, rapazes. Encolham a cabeça entre os ombros, curvem a espinha e continuem a pagar o que vos exigem...
Fiquem bem. Até amanhã!
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