quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Os Bancos e os Tansos...



Haverá algum banqueiro responsável?


Muito honestamente, pelas notícias que nos vão chegando, ora hoje, ora amanhã, tenho sérias dúvidas de que, alguma vez, algum banqueiro seja chamado, seriamente, a prestar contas das golpadas que têm sido dadas ao Povo Português.

Regularmente, quase como se tudo estivesse concertado entre eles (quem sabe?), ora um banco ora outro, lá fazem umas manobras que implicam oscilações significativas nas cotações bancárias para proveiro de uns e desespero de muitos.

E lá vai sempre o Estado acudindo às aflições com mais uns milhares de milhões retirados dos impostos que os «tansos» dos contribuintes são obrigados a pagar. E que, em princípio, deveriam ser para benefício de todo o País e não em proveito de apenas uns poucos... que, ainda por cima, não pagam os impostos que são exigidos a todos os demais.

Se bem me recordo, tivemos o Millenium-BCP no tempo de Sócrates depois da gestão de Armando Vara ter concedido créditos sem critérios nem garantias aos seus «amigalhotes».

Também em 2008 e ainda com Sócrates tivemos a negociata da nacionalização dos «ossos» do BPN deixando toda a «carne» nas mãos da SLN (Sociedade Lusa de Negócios) e seus accionistas. Tudo bons rapazes...

Do BPP já não se fala. Quem lá meteu o dinheiro ficou sem ele.

Tivemos a OPA do Montepio sobre o Finibanco que deu bom dinheiro a ganhar aos accionistas deste último inflaccionando o valor das acções em dezenas de milhões.

E agora temos o BANIF que vai custar 1100 milhões de Euros aos «tansos» do costume.

No caderno de Economia do Expresso de 5.Janeiro.2013 pode ler-se:

Há 40 anos Jorge de Brito que tinha o Banco Intercontinental Português, foi apenas um caso. Outros se seguiram de igual relevância, Tavares Moreira quando passou pelo grupo Crédito Agrícola, viu as acusações arquivadas de recurso em recurso.


E, mais, recentemente Jardim Gonçalves, fundador do BCP, João Rendeiro do BPP e Oliveira Costa, do grupo BPN, ainda acertam contas na Justiça. Todos com diferentes contornos mas todos na barra dos tribunais.

Claro que os antecedentes das «decisões judiciais», como se constata, são pouco promissores pelo que os ossos de todos estes negócios vão ser rilhados pelos «tansos» do costume.

Porque, honestamente, não sei de nenhum destes casos que tenha transitado em julgado com os réus condenados a penas de prisão, a terem de indemnizar os lesados e a terem de devolver as quantias com que presumivelmente se terão locupletado.

Mas estou pronto a dar a mão à palmatória e fazer um desmentido se me provarem o contrário.

Porque a banca em Portugal tem sido um saco sem fundo onde os contribuintes portugueses despejam regularmente milhões que «misteriosamente» desaparecem sem que os governantes pareçam preocupar-se com isso.

Até quando?

Pensem nisso. Até amanhã!





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