sábado, 7 de setembro de 2013

Fogos florestais: Perguntas «parvas»








Inda que mal pergunte...



1. Porque razão os incêndios privilegiam tanto as áreas florestais do norte e centro e não atacam o Alentejo cujas searas, nesta época, arderiam como archotes ao mais pequeno foco? Apesar das temperaturas do ar serem aí bem mais elevadas?

2. Será que isso tem a ver com as eleições que se avizinham, já que nas áreas ardidas os eleitores são, tendencialmente, mais afectos aos partidos agora no Governo? Seria uma forma de os descredibilizar, não seria? Já agora, seria interessante fazer um paralelo entre a frequência e intensidade dos fogos e as datas de eleições. Só para termos a certeza de que não há gato escondido...

3. O que vai na cabeça da senhora Ministra da Justiça quando diz que não há razão para agravamento das penas aplicáveis a incendiários? Segundo o Código Penal as penas aplicáveis vão de 3 (Artº. 206 - Dano) a 5 anos (Artº. 207 - Dano qualificado). Isto são penas «pesadas»? Não brinquem connosco. Quando há vidas humanas roubadas ou em risco, o mínimo seria tentativa de homicídio. Sobretudo quando o crime é cometido com dolo, ou seja, com intenção de o realizar. E este ano já são OITO os bombeiros que deram as suas vidas na defesa da incompetência alheia!

4. E quanto a indemnizações, quem paga o prejuízo? Saberão os lesados que, na ausência de culpado inquestionável, podem processar o Estado exigindo uma indemnização? (Isto é algo que não convém vir à luz do dia, pois não, senhora Ministra?)

5. E porque será que entre os milhentos escritórios de advogados existentes no país não surge uma Erin Brockovitch (http://en.wikipedia.org/wiki/Erin_Brockovich) que ponha tudo de pernas para o ar e obrigue os poderes políticos a cumprir a missão para que o povo os elegeu?

6. E, já agora, porque será que as cabeças pensantes do nosso Governo não investem uns trocados a dotar as Juntas de Freguesia de roçadoras e microceifeiras para eliminar o mato e prevenir incêndios em vez de virem depois chorar sobre leite derramado? As populações rurais poderiam bem mais facilmente limpar as ameaças que se aninham ao pé das portas.

7. E porque não promoverem formação às populações locais para, com esses meios (e com outros), se prevenirem contra o flagelo que anualmente ameaça as suas vidas e os seus bens? Formação dada pelos bombeiros locais fora da época dos fogos? Não ficaria bem mais barato poupar no combate investindo na prevenção?

Ou ao fim disto tudo, será que o percurso ao longo das juventudes partidárias e das «Universidades de Verão» (que nome pomposo para uma quantas sessões de lavagem cerebral) anquilosou os cérebros dos nossos políticos para tudo quanto não sejam as campanhas eleitorais?

Fiquem bem! Até breve!



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